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Companhias aéreas mandaram 170 trabalhadores para o desemprego em 2020

Quingila Hebo
10/2/2022
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Foto:
DR

Os números mostram que são, sobretudo, os mecânicos de manutenção de aeronaves titulares de licenças que ficaram sem emprego.

Até Dezembro de 2019, a indústria da aviação civil empregava 4.039 pessoas, boa parte, 2.350, era pessoal que prestava serviços auxiliares ao sector. Com a pandemia, precisamente em Dezembro de 2020, o número de trabalhadores no sector da aviação reduziu 4%. Contas feitas, 176 pessoas perderam o emprego num espaço de um ano, de acordo com o relatório divulgado recentemente pela mais recente criada Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC), que vem substituir o ex-Instituto Nacional da Aviação Civil (INAVIC).

Os números mostram que são, sobretudo, os mecânicos de manutenção de aeronaves titulares de licenças que ficaram sem emprego. Em 2019, o sector empregava 542 profissionais e em 2020 o número baixou para 116. Outro grupo onde se registou uma grande redução é no pessoal auxiliar. Os dados mostram que 322 colaboradores deixaram de exercer actividade.

Entretanto, o relatório mostra uma variação positiva expressiva no número do pessoal de emissão e venda de bilhetes. Em 2019 eram apenas 82 profissionais e em 2020 o número quase triplicou, passando para 235 trabalhadores na área. A categoria Outro Pessoal de Manutenção e Revisão também registou um aumento significativo de profissionais, tendo passado de 114 técnicos em 2019 para 500 em 2020, um aumento quatro vezes mais.  

Em 2020, a tripulação de cabine também reduziu, tendo saído de 569 em 2019 para 562 em 2020.  O número de pilotos e copilotos aumentou, tendo saído de 370 em 2019 para 377 em 2020.

As 30 pistas espalhadas pelo país, capazes de receber voos, registaram apenas 23.311 decolagens e aterragens em 2020, contra as 52.713 em 2019. O movimento de voos nos aeroportos nacionais esteve abaixo da metade quando comparado ao que foi verificado antes da pandemia.

Ler mais na edição nº 209 referente ao mês de Fevereiro, que retrata o quadro negro vivido pelas companhias aéreas no auge da pandemia. E&M, quem lê sabe mais!