No dia 24 de Agosto de 2022, os cidadãos angolanos em idade eleitoral vão às urnas escolher aqueles que serão os seus representantes legislativos e executivos durante 5 anos. De outro modo, podemos afirmar que estaremos a decidir o nosso futuro. Claramente, o vencedor será aquele que pela maioria terá maior aceitação do seu programa de Governação.
Deste modo, é de extrema relevância que cada um de nós tenha sensibilidade cívica neste momento especial, na medida em que o direito ao voto é uma característica de uma democracia, onde o indivíduo apenas atingirá o seu objectivo se estiver alinhado ao da maioria, de modo que, do ponto de vista individual, a influência do voto de cada eleitor é praticamente insignificante.
Para este processo, recomenda-se uma cidadania responsável, porque os resultados de políticas eficientes recaem sobre todos os cidadãos, sem se fazer distinção do contributo individual que cada um deu. Em oposição a isso, uma maioria mal informada provoca uma privação ao indivíduo do benefício de políticas mais eficientes.
Numa altura em que o país completa 30 anos desde as primeiras eleições de 1992, é preciso que se aprendam com as escolhas do passado, bem como o seu impacto na vida de cada um de nós. 30 anos depois das primeiras eleições, Angola continua uma democracia por se fazer e uma economia de mercado por se construir (Rocha, 1998).
Sendo assim, o apelo à cidadania responsável torna-se de grande importância, de modo que estaremos a decidir o futuro de políticas eficientes que erradiquem a pobreza, que combatam a corrupção, que distribuam melhor para o rendimento, que diversifiquem a economia, que garantam as nossas liberdades, quer política quer económica, que implementem estruturas governativas descentralizadas, entre outras condições que, com toda certeza, garantem o nosso bem-estar.
Termino este artigo com a seguinte frase:
“Diz-se muitas vezes que não se pode confiar na capacidade do homem para se governar a si próprio. Assim sendo, poder-se-á então confiar na sua capacidade para governar terceiros? Ou será que temos anjos sob a forma de reis para nos governar? Deixemos que a história nos responda a esta questão.” ( Thomas Jefferson, 1743-1826)