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Guiné Bissau: FMI aprova revisões e prepara mais 8,2 milhões USD para assistência financeira

Victória Maviluka
12/3/2024
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DR

Apoio financeiro à Guiné Bissau ronda já os 38 milhões de dólares, devendo chegar aos 47 milhões, com a perspectiva de desembolso de nova tranche pela instituição financeira internacional.

O Fundo Monetário Internacional (FMI) acabou de aprovar, no plano técnico, a quarta e quinta revisões do programa de ajustamento em curso na Guiné-Bissau, o que abre portas para o desembolso de mais 8,2 milhões de dólares, já em Maio próximo.

"O corpo técnico do FMI e as autoridades da Guiné-Bissau chegaram a acordo técnico sobre as políticas económicas que poderão sustentar a quarta e quinta revisões do Programa de FInanciamento Ampliado; quando a revisão for aprovada pela direcção do FMI, a Guiné-Bissau terá acesso a mais 8,2 milhões de dólares", lê-se num comunicado enviado nesta terça-feira, 12, à agência Lusa.

Em curso desde Janeiro do ano passado, a assistência financeira do FMI à Guiné Bissau ronda já os 38 milhões de dólares, devendo chegar aos 47 milhões, com a perspectiva de desembolso de nova tranche.

Entretanto, o Fundo Monetário observou na sua avaliação ao país que "o desempenho foi mais fraco do que o esperado, reflectindo um ambiente económico e sócio-político difícil", que se traduz também "num progresso da agenda de reformas com alguns atrasos".

FMI acrescenta que o Governo de Umaro Sissoco Embaló está "firmemente empenhado” na concretização das políticas que sustentam o programa apoiado pela instituição financeira internacional, num contexto em que "os desafios pela frente são significativos”, e o contínuo apoio dos parceiros internacionais “é crucial".

"Doravante, as autoridades enfrentam riscos importantes de curto prazo, incluindo os desafios na implementação das políticas devido ao clima desafiante sócio-político e a limitações na capacidade", observou o chefe da missão do FMI na Guiné Bissau, Jose Gijon.

Pelo que, concluiu, "melhorar a mobilização de recursos internos e fortalecer os controlos da despesa serão fundamentais para apoiar a consolidação orçamental e colocar a dívida pública numa firme trajetória descendente".

Jose Gijon recomendou que as autoridades da Guiné-Bissau empreendam esforços para mitigar os riscos orçamentais que surgem das empresas públicas, melhorando a gestão financeira e da dívida e a governação, com a estabilidade política e o apoio internacional a terem um papel crucial.