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Junta militar no Chade proíbe opositores à corrida presidencial

Fernando Baxi
27/3/2024
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Foto:
DR

O Conselho Constitucional do Chade rejeitou, recentemente, as candidaturas das principais figuras na oposição às eleições presidenciais daquele país, aprazadas para Maio de 2024, apurou a E&M.

Nassour Ibrahim Neguy Koursami e Rakhis Ahmat Saleh, opositores (ferrenhos) da junta militar chadiana, souberam do impedimento por comunicado que também anunciou os 10 candidatos às eleições presidenciais, incluindo a do presidente interino Mahamat Idriss Déby.

Para justificar o impedimento dos principais políticos na oposição à liderança daquele país da África Central, o Conselho Constitucional chadiano disse ter constatado irregularidades (insanáveis) nos processos de candidaturas de Nassour Koursami e Rakhis Ahmat Saleh.      

Aquela instituição chadiana também validou a candidatura do actual primeiro-ministro Succes Masra. Pela primeira vez na história política do Chade duas figuras deste calibre concorrem para a presidência do país.

As eleições, segundo a imprensa chadiana, fazem parte do processo de regresso à democracia após a tomada do poder pela junta militar em consequência da morte do presidente Idriss Déby Itno (Abril de 2021).

De acordo com o calendário eleitoral, como noticiou a imprensa, a segunda volta do pleito eleitoral está marcada para 22 de Junho de 2024 e a publicação dos resultados provisórios a 07 de Julho do mesmo ano.

Os partidos na oposição chadianos e as organizações da sociedade civil contestam a candidatura de Mahamat Idriss Deby, filho do falecido presidente (Idriss Déby Itno), que actualmente lidera a junta militar.