O Governo da República Democrática do Congo (RDC) dedicou 22% das suas receitas para combater os conflitos nas províncias orientais, que resultaram na deslocação de mais de seis milhões de pessoas, de acordo com o seu ministro das Finanças, Nicolas Kazadi.
Em conferência de imprensa, Nicolas Kazadi revelou que as referidas “despesas excepcionais com a segurança” representam um enorme aumento em relação ao valor típico de cerca de 1%, que obrigaram o governo da RDC a reduzir os investimentos planeados no seu orçamento de 41 biliões de francos (equivalente a 15 mil milhões de dólares).
Aliás, no primeiro trimestre deste ano, continua, a República Democrática do Congo já desembolsou 27% das receitas da para as despesas excepcionais relacionadas com segurança.
“Não há outra escolha, temos que garantir a segurança do país. Quando temos um desafio de segurança, temos que apertar os cintos", afirmou.
A maioria destes fundos é atribuída ao combate ao grupo rebelde M23, que o governo acusa o vizinho Ruanda de apoiar. Por exemplo, em Fevereiro o país acusou o Ruanda de ser responsável pelo ataque de drones que teve como alvo algumas das suas aeronaves no aeroporto de Goma.
No entanto, o Ruanda negou qualquer envolvimento no incidente.
Os rebeldes do M23 afirmam defender os direitos dos tutsis congoleses étnicos e actualmente detêm o controle de uma parte significativa da província rica em minerais do Kivu do Norte.