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Apenas 10% das mulheres em Angola ocupam cargos de gestão

Ladislau Neves Francisco
17/3/2022
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Foto:
DR

Estudo sobre o género e inclusão das pessoas deficientes mostra que 30% dos deficientes têm ensino superior e que 85% dos cargos de PCA são ocupados por homens.

O estudo sobre a situação das mulheres e pessoas deficientes no mercado de trabalho, realizada pela IngaRose, em parceria com o Ministério da Acção Social, Família e Promoção da Mulher da República de Angola (MASFAMU) concluiu que uma em cada dez mulheres ocupam cargo de gestão e 42% das mulheres têm ensino superior contra apenas 32% dos homens. Entretanto, os homens ocupam 71% dos cargos de gestão.

Por outro lado, o estudo da IngaRose dá conta que 40% dos estrangeiros, ocupam cargos de gestão. Contas feitas, são quatro em cada dez mulheres que ocupam cargos de decisão.

O estudo que conta com mais de 47 mil entrevistados, 123 instituições e 19 sectores, dentre os quais tribunais, ministérios, governos provinciais, missões diplomáticas, bem como empresas públicas e privadas.

30% dos deficientes têm ensino superior

O estudo sobre o género e pessoas deficientes aponta que, entre os deficientes físicos, 25% são mulheres, sendo que 30% dos deficientes têm ensino superior.

O estudo vai mais longe, e mostra que no sector público apenas 9% dos funcionários são deficientes, enquanto que apenas 4% das empresas privadas atingiram a quota destinadas para deficientes definidas por Lei.

85% dos cargos de presidência de conselhos de administração é ocupado por homens

Os dados do estudo dizem que os homens ocupam pelo menos 85% dos cargos de Presidente de Conselho de Administração ou cargo equiparado, bem como ocupam pelo menos 71% dos cargos de gestão. Segundo os dados, os homens representam 64% do pessoal nas instituições.

Dentre os objectivos do estudo, destaca-se o de melhorar a informação estatística e o de promover uma cultura de inclusão social em Angola.