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“A ITA não dispensou colaboradores por razões relacionadas com o resultado financeiro dos negócios”

Cláudio Gomes
20/1/2022
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Foto:
Arquivo

A Internet Technologies Angola conta actualmente com mais de 180 colaboradores que representam aproximadamente 20% dos custos globais da empresa, revelou esta semana, em Luanda, o seu director-geral.

Francisco Pinto Leite deixou claro, em entrevista à Economia & Mercado, que a empresa “nunca dispensou” colaboradores por razões relacionadas com o resultado financeiro dos negócios, salientando, em sentido contrário, que o número de colaboradores da empresa vem crescendo ao longo do tempo”.

O CEO respondia a um questionário na sequência de estatísticas sobre “Evolução do número de colaboradores do Sector” das telecomunicações publicadas no site do Instituto Angolano das Comunicações (INACOM), que dão conta que 103 profissionais foram desempregados de Agosto a Outubro de 2021.

Os dados do INACOM referem também que no primeiro trimestre do ano em referência estavam empregados 7.752 profissionais, enquanto no segundo trimestre o número baixou para 7.745 e no terceiro trimestre baixou ainda mais para 7.642.

De acordo com o director-geral da ITA, a empresa observou sim “algumas saídas voluntárias” e outras “poucas por motivos disciplinares”, mas “nunca” por conta dos resultados dos seus negócios.

Reconheceu, igualmente, a incapacidade do mercado local disponibilizar quadros devidamente qualificados para atender a procura das empresas do sector das telecomunicações. Porém, o interlocutor realça não ser esta a razão dos despedimentos citados. “Existe sim défice de quadros qualificados em algumas áreas específicas. Refiro-me às áreas muito especializadas onde não encontramos quadros nacionais, acrescentou Francisco Pinto Leite.

“Temos apenas 3% de trabalhadores estrangeiros”, frisou Francisco Pinto Leite, salientando, neste sentido, que a prioridade da ITA são os quadros angolanos e jovens, porém, quando não encontram localmente os perfis necessários para suprir determinadas áreas recorrem ao mercado externo.

Assegurou que a empresa salvaguarda a paridade nos salários entre colaboradores nacionais e estrangeiros da mesma categoria. “O que faz a diferença é o facto do salário desses colaboradores ser processado em moeda estrangeira, representando em kwanzas variações significativas em função das alterações do câmbio”, sublinhou Francisco Pinto Leite.

A ITA foi fundada em 2005, como um provedor de serviços de Internet, disponibiliza soluções integradas de telecomunicações e tecnologia de informações para o sector empresarial nacional. Conta com escritórios operacionais em Angola, Botsuana, Moçambique, Namíbia, África do Sul e Zâmbia. É parte do Grupo Paratus, tornando-se numa organização multinacional, estabelecendo uma rede privada em toda a África.