O PCE da EMIS começou a trabalhar nos antigos CTT em 1974, tendo sido responsável pela formação e pelos serviços radio eléctricos, tendo em 1977 transitado para a então Secretaria de Estado das Comunicações, onde desempenhou as funções de Director de Rádio eTelecomunicações, com responsabilidades de regulação e fiscalização. Actualmente, é Presidente do Conselho Executivo da EMIS - Empresa Interbancária de Serviços, na qual trabalha desde 2002, depois de ter passado por entidades como a Empresa Nacional deTelecomunicações (ENATEL), a Angola Telecom.
Para o gestor, a transformação digital não vai reduzir substancialmente o uso do dinheiro físico, porém, vai favorecer a inclusão financeira da população. Defende que a inclusão financeira nos países em desenvolvimento, em vez de se fazer unicamente por via da bancarização tradicional, deve ser acelerada com a introdução de formas inovadoras de prestação de serviços financeiros.
Com base nesse pressuposto,como é que avalia a situação do sector financeiro angolano?
Nas economias mais desenvolvidas, nomeadamente América do Norte, Europa e em parte na Ásia, a universalização dos serviços financeiros, a chamada inclusão financeira, foi feita por via da banca tradicional, com a expansão de agências bancárias, ATM’s e POS’s, atingindo taxas de bancarização da ordem dos 80%.
Em países africanos, a taxa de bancarização é ainda muito baixa. Nós, em Angola, temos uma taxa de bancarização que ronda os 35% da população adulta, acima da média subsaariana (30%), mas abaixo de países como a África do Sul (acima de 60%), e isso quer dizer temos 65% da população adulta excluída do acesso a serviços financeiros básicos. Voltando à sua pergunta, aconteceu que meia dúzia de países africanos desenvolveram soluções de moeda electrónica que é diferente da moeda escritural utilizada pelos bancos porque não fica associada a uma conta bancária tradicional, mas a uma conta de carregamento.
Leia mais na edição de Novembro de 2018.
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