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Acesso ao financiamento preocupa empresas contratadas da indústria petrolífera nacional

Cláudio Gomes
27/9/2023
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Foto:
Andrade Lino

Desenvolver o conteúdo local passa por apostar mais na formação especializada dos quadros nacionais, facilidades no acesso ao crédito, e apoio das empresas operadoras do sector.

A preocupação foi apresentada, recentemente, em Luanda, pelo presidente de direcção da Associação das Empresas Contratadas da Indústria Petrolífera de Angola (AECIPA), Bráulio de Brito, que na ocasião chamou a atenção para maior valorização do capital humano nacional e das empresas nacioanis.

Segundo o líder associativo, as empresas locais estão ansiosas para tornar o conteúdo local robusto e suficientemente forte, no entanto, lamentam a falta de apoio da banca e das empresas operadores.

“Precisamos mais apoio da banca, mais apoio das empresas operadoras que em muitos momentos dizem que contribuem, mas na realidade não o vemos. A banca é a mesma coisa. Há uma série de passos que todos devemos trabalhar para que isto aconteça”, disse Bráulio de Brito.

De acordo com o interlocutor, o papel da AECIPA é congregar ideias, empresas, stakeholders, para encontrar o melhor caminho para o conteúdo local que só funcionará com disponibilidade financeira. “Encontrar mecanismos e formas de financiamento, trabalhar com a banca local para que efectivamente possam contribuir e possamos ter capital suficiente e, aí sim, desenvolvermos eficiência, tecnologia para que tenhamos um conteúdo local robusto”, afirmou.

Lei do conteúdo local

Sobre a Lei do Conteúdo Local, o presidente de direcção da Associação das Empresas Contratadas da Indústria Petrolífera de Angola disse que apesar de satisfazer o sector, o diploma legal carece de algumas alterações e adequações.

“O que vamos propor é que se faça um ajustamento das novas exigências do mundo”, afirmou, Bráulio de Brito, considerando ser fundamental, por exemplo, incluir temas como a transição energética na lei.

Para Bráulio de Brito, é preciso encontrar mecanismos regulatórios que suportem a referida visão e objectivos. “É isto que vamos fazer para que a lei seja consentânea com os desafios que a indústria, o País, que o continente, o mundo, enfrentam no downstream e upstream, e a indústria petrolífera de um modo geral”, frisou.

O presidente de direcção da AECIPA disse que a medida é normal tendo em conta o dinamismo normal das leis.

“Hoje temos uma lei que em grande medida ainda satisfaz o sector, mas precisamos efectivamente olhar novamente, revê-la e em função do novo momento que o mundo e o nosso pais vive, fazer alguns ajustes”, frisou, sem entrar nas especificidades dos eventuais vácuos do diploma legal.