As últimas perspectivas económicas regionais do FMI estão alinhadas à recuperação global, redução da inflação e diminuição do aperto da política monetária.
Segundo o FMI, os desequilíbrios macroeconômicos incluem a gestão, consolidação e fortalecimento das finanças públicas face às difíceis condições de financiamento.
Um quadro que requer contínua mobilização de receitas, melhor gestão dos riscos fiscais e gerenciamento mais proactivo da dívida.
A cautela na condução da política monetária para conter a inflação e projectá-la ao intervalo da meta do banco central.
Ajustar a taxa de câmbio e mitigar os efeitos adversos sobre a economia, incluindo o aumento da inflação e da dívida por conta da depreciação da moeda.
Para o director do Departamento Africano do FMI, Abebe Aemro Selassie, o crescimento na região varia de país para país e a expectativa é que países, particularmente os da África Oriental, considerados não intensivos em recursos petrolíferos, saiam melhor. O contexto é da redução da taxa média de crescimento por parte de algumas economias.
Níveis recordes
Na África do Sul, as projecções indicam que o crescimento vai desacelerar para apenas 0,1% este ano.
A dívida pública e a inflação atingem níveis que não se via há décadas, com inflação de dois dígitos em metade dos países, arrasando o poder de compra das famílias e atingindo os mais vulneráveis.
Acredita-se que o rápido aperto da política monetária global tenha elevado os custos de empréstimos para os países nos mercados doméstico e internacional numa altura em que todos os mercados fronteiriços da África Subsaariana viram o seu acesso ao mercado cortado desde a primavera de 2022.