Segundo o CEO da Angola Cables, engenheiro Ângelo Gama, que falava durante o workshop sobre economia digital, que serviu igualmente para a apresentação do programa, o objectivo do “Acelera Net” é democratizar o acesso a internet em Angola, com destaque para as localidades mais longincas e com pouca densidade populacional, o que afasta os grandes provedores devido a sua estrutura de custo.

O responsável explicou que para se candidatar ao “Acelera Net”, que é um programa dirigido as Pequenas e Médias Empresas, é necessário que as empresas cumpram com os seguintes requisitos: ser uma empresa angolana; estar licenciada pelo IINACOM; apresentar um plano de negócio; Estar fora de Luanda é uma vantagem, e já estar a operar é outra vantagem.

Durante o acto de apresentação do programa, o CEO da Angola Cables, referiu que o avanço para este programa deveu-se ao facto de a Angola Cables ter notado que ao longo do tempo, os seus clientes não mudaram e nem conseguiam estender os seus serviços para todo o território nacional, “é assim, que numa espécie de sentido nacional, decidimos avançar com o programa, para fomentar o acesso a internet no país”, disse o responsável que explicou ainda que o “Acelera Net” não exige qualquer tipo de investimento, uma vez que as infra-estruturas já existem. “Só vai custar boa vontade”, rematou.

O Secretário de Estado para Tecnologia, Mário Oliveira, frisou que o “Acelera Net” é um programa que vai de encontro ao Plano Nacional de Desenvolvimento (PND 2017-2022), pois acaba por ajudar no desafio de massificação da internet em Angola.

Mário Oliveira aproveitou a oportunidade para chamar atenção ao facto de que com a COVID-19, Angola mostrou estar em condições de responder aos desafios da necessidade de comunicação, mas reconheceu que é também preciso que se faça mais, pelo que, o Ministério das Telecomunicações Tecnologias de Informação e Comunicação Social está disponível e vai dar apoio total a iniciativa.

Questionado sobre o programa ser uma forma de atirar o os pequenos ISP’s a zonas pouco atractivas, o CEO da Angola Cables, Ângelo Gama explicou que é exactamente o contrário, “estamos a dar-lhes a oportunidade de aproveitarem os espaços que os grandes não conseguem chegar”, respondeu o CEO.