O documento lançado recentemente em Luanda aponta a insuficiente cobertura nos três níveis do Sistema Nacional de Saúde, os recursos humanos limitados, o débil sistema de informação, a logística, a comunicação de processamento de dados, são alguns desafios que ainda enfermam o sector da Saúde.
De acordo com o relatório do Centro de Estudo e Investigação Cientifica da Universidade Católica de Angola (CEIC), a escassez de recursos financeiros, o modelo de financiamento deficiente, o acesso limitado de seguro de saúde, assim como o reduzido número de unidades de saúde, reforçam a lista dos desafios que o governo tem de ultrapassar.
O país conta com uma população de cerca de 33 milhões de habitantes, porém, tem apenas com 87.161 profissionais de saúde.
Estima-se, segundo o documento do CEIC da UCAN, que existam 1,7 médicos para 10.000 habitantes, além de 12 enfermeiros, 2,8 técnicos de diagnóstico e terapia, cinco trabalhadores do serviço de apoio e quatro trabalhadores do regime geral.
Estes indicadores, de acordo com o relatório, estão abaixo dos determinados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que, contas feitas, aponta que Angola regista um défice de 2000 médicos.