O Presidente do Conselho de Administração da Multitel, Luís Todo Bom, que já esteve envolvidos em vários processos de privatização e atração de investimentos estrangeiros, como membro do governo português, defendeu esta semana, em Luanda, que no contexto actual que Angola vive, o Estado deve saber tirar vantagens para si, nos processos de privatizações, querem sejam eles parciais ou totais.
Luis Todo Bom lembrou, durante a 6ª conferência da Multitel, sob tema: “ As novas tecnologias nos processos de privatização e de atracção de investimento estrangeiro”, em alusão ao 21º aniversário da empresa, que os processos de privatização e de atracção de investimento estrangeiro fazem parte da esmagadora maioria dos programas governamentais, na perspetiva do aumento da competividade e de eficiência empresarial dos diversos países.
Neste sentido, referiu, o Estado angolano deve fazermelhores escolhas sobre o que privatizar, a quem entregar as empresas e queganhos terá.
O orador principal da conferência, Luís Todo Bom, afirmou que a privatização envolve preparação, pré-marketing, concurso, negociações, adjudicação e venda. Explicou que os factores de sucesso nas privatizações consistem na qualidade técnica, clareza e na transparência relativa à empresa a ser privatizada.
Este mês (Maio), o governo angolano aprovou a lei de baseadas privatizações e reprivatizações, instrumento que adequa as regras das privatizações as melhores práticas internacionais. Em linhas gerais, caberá ao Estado somente o papel de regulador e coordenador o desenvolvimento económico.
No encerramento da conferência, o ministro da Economia e do Planeamento, Pedro Luís da Fonseca pediu mais empenho das empresas do ramo das TIC’s. No entender do governante as empresas angolanas estão frequentemente ocupadas em dar resposta às necessidades imediatas e locais, limitando-se a utilizar tecnologias disponíveis no mercado, sem criar diferenciação de valor.
A Multitel está no mercado angolano desde 1999, desenvolvendo e prestando serviços de telecomunicações e de dados. Tem como sócios principais a Portugal Telecom (PT) com 40%, a Angola Telecom que detém 30% e o Banco Comercio Indústria com uma participação de 20%.