A informação foi avançada ontem, quinta-feira, 23, pela agência portuguesa de notícias, citando extratos de uma notícia veiculada na Rádio Nacional de Angola (RNA), que dá conta que a zona de interesse comum de exploração petrolífera dos dois países é um projecto que vem de há alguns anos, e infelizmente, não com o dinamismo que se esperava.

 “Mas nós tudo temos feito para trazer maior dinamismo e para que possamos efetivamente passar à implementação dos projetos”, frisou o ministro angolano dos Recursos Minerais, Petróleo e Gás, Diamantino de Azevedo em declarações à RNA.

Uma das ações tendentes a alterar o quadro, de acordo com o ministro, é olhar para o cronograma de acções, actualizá-lo e dar seguimento ao trabalho.

O governante frisou que a par da análise do dossier da Zona de Interesse Comum (ZIC) no domínio dos hidrocarbonetos, está a decorrer um trabalho, realizado por equipas que integram representantes da petrolífera angolana Sonangol e a empresa nacional de combustíveis da RD Congo, sobre a comercialização de derivados de petróleo entre os dois países.

Segundo noticiou a Lusa, outra preocupação abordada no encontro que termina hoje, sexta-feira, 24, tem a ver com o contrabando de combustíveis, de Angola para o país vizinho, no sentido da criação de estratégia conjunta, mediante acções de fiscalização dos dois Estados.

O ministro dos Hidrocarbonetos da República do Congo, por sua vez, considerou a cooperação entre os dois países muito importante.

“Angola e a RD Congo são dois países irmãos e a experiência que Angola tem na área de hidrocarbonetos, se nós andarmos juntos podemos ir longe. Para nós é muito importante esta reunião e esperamos bons resultados”, frisou Didier Ntubuanga citado pela agência portuguesa de notícias.

No ano passado, os dois países criaram um comité técnico conjunto para a zona comum de exploração petrolífera, decisão saída no final de um encontro realizado entre as partes em Luanda.

O entendimento sobre a exploração petrolífera comum das águas da bacia inferior do Congo foi assinado em junho de 2003, entre os Governos de Angola e da RD Congo, que serviu para a criação de um corredor marítimo comum de exploração petrolífera, definidas pela ZIC.

Angola e a República Democrática do Congo partilham uma vasta fronteira terrestre, marítima e fluvial e nos últimos anos cresce o contrabando de combustível na zona comum, denunciadas constantemente pelas autoridades.