De acordo com uma nota de imprensa chegada, recentemente, à redacção da Economia & Mercado (E&M), o feito será concretizado através da assinatura de um contrato entre a Biocom e um dos "principais produtores europeias de etanol."
Sem avançar o nome do importador, nem o dia específico para o início da exportação do produto em referência, o documento indica apenas o mês e o ano da transação, que será feito pela primeira vez que "Angola exportará etanol.”
A nota emitida pela empresa, informa que estão a ser acautelados, junto das entidades estatais como o Ministério do Comércio, Ministério da Indústria, Porto de Luanda, bem como o Terminal Marítimo, na prossecução da concretização da exportação do primeiro carregamento do etanol produzido em Angola, que segundo o director-geral da empresa é um sinal de que estão alinhados com “as políticas do Programa de Apoio à Produção, Diversificação das Exportações e Substituição de Importações (PRODESI).”
“Temos procurado dar o nosso contributo no processo de substituição das importações, da diversificação da economia, melhoria do ambiente de negócio, produção nacional de bens de primeira necessidade e aumento das exportações”, frisou, Luiz Gordilho.
Instalada no PoloAgro-Industrial de Capanda (PAC), numa área de81.201 hectares dos quais 70.106 são agricultáveis e 11.095, situada na província de Malanje, município de Cacuso, a Biocom é primeira empresa angolana a produzir e a comercializar açúcar, energia eléctrica e etanol a partir da Biomassa. No ano Agrícola 2018, por exemplo, foram produzidas 73 mil toneladas decana-de-açúcar e 17 mil metros cúbicos de etanol.
Como resultado dos investimentos público-privados feitos no referido Polo de Desenvolvimento foram criados dois mil e 500 postos de empregos directos, dos quais 97% são cidadãos nacionais e 3% expatriados, maioritariamente oriundos do Brasil, e juntos intervêm numa área plantada de 24.090 hectares decana-de-açúcar. Por isso, é considerada a maior empresa privada do sector não petrolífero a operar no país.