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Angola melhora 26 lugares no acesso à Internet

Cláudio Gomes
24/2/2021
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Foto:
DR

Nos últimos dois anos, o país melhorou 26 lugares no ranking africano sobre acesso à Internet e a empresa angolana de telefonia móvel Unitel liderou o processo que o levo da posição 49 para 22.

De acordo com uma nota da Research ICT Africa (RIA), a que o Jornal de Angola teve acesso, recentemente, a Unitel saiu da posição 49 para 22 no ranking africano e em breve melhorará mais cinco posições no ranking, sendo que irá aparecer em breve na posição 18, tão logo os dados referentes ao 3º trimestre de 2020 fique disponível no portal.

A RIA escreve no documento que a Unitel tem desenvolvido acções no sentido de assegurar e promover o acesso aos serviços de comunicação e um dos compromissos é reduzir barreiras, tanto o preço de acessibilidade como a disponibilidade do serviço (cobertura) e, deste modo, fazer com que todos os angolanos possam estar ligados entre si e ao mundo.

A instituição lembra que, recentemente, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e a União Africana (UA) publicaram um relatório sobre o desenvolvimento da dinâmica de África, com data de 2021, onde traçou-se como objectivo que o preço de um pacote de 1GB de 30 dias de Internet se mantivesse abaixo de cinco por cento da renda mensal de um habitante médio nos 51 países monitorizados.

Deste modo, salienta o jornal de circulação diária, a instituição justifica que não obstante Angola ter apresentado uma posição bastante desfavorável, considerando o preço de um pacote de dados de 1GB, o relatório de 2021 reporta a informação de 2018 fornecida pela RIA.

A agência assume, por outro lado, que existiram dois factores que reduziram o preço por 1GB de 30 dias: a depreciação da moeda local ao mesmo tempo que o preço em moeda local desceu devido a baixas de preços.

"Posto tudo isto em contexto e no uso da monitorização da RIA, o GB caiu de 17,39 dólares para 2,97 no final de Junho de 2020, o que significa uma descida de 82% muito superior à depreciação isolada do kwanza", clarificou o RIA.

O Jornal de Angola refere que a nota acrescenta também que outro facto relevante facto está para lá da monitorização da RIA, desde o aparecimento da Covid-19, foi ter esta empresa do sector das telecomunicações providenciado aos clientes, até final de 2020, de forma "totalmente gratuita, mais de 750 milhões de minutos, 319 milhões de mensagens escritas, e 2,5 mil milhões de GB.

O documento sustenta, no entanto, que se tratou de uma oferta, resultante do acordo estabelecido entre os operadores de telecomunicações e o Ministério das Telecomunicações, Tecnologias de Informação e Comunicação Social (MTTICS) para aliviar o impacto da pandemia em todo o globo.

A operadora acredita ainda que a acessibilidade à Internet irá continuar e que irá observar-se o objectivo traçado pela OCDE e UA, de que o preço de 1GB venha a custar menos de cinco por cento da renda mensal da maioria da população angolana.