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"Angola pode tornar-se num centro energético em África", afirma PCA da Etu Energias

Cláudio Gomes
9/10/2023
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Foto:
DR

O presidente do Conselho de Administração (PCA) da Etu Energias disse que a empresa continuará a investir em hidrocarbonetos, e ao mesmo tempo reduzir o carbono nas operações da empresa.

A Etu Energias, maior empresa privada de energia 100% angolana, quer também expandir as operações para outras partes do continente africano a médio prazo, e num curto prazo, continuar a reduzir a pegada de carbono nas suas operações e aumentar em 20% a presença de energias mais limpas no seu portfólio.

Em Julho deste ano, o PCA da Etu Energias, Edson dos Santos, revelou, à Economia & Mercado, que a empresa pretende investir 40 milhões de dólares na produção de energias renováveis através de painéis solares.

Durante a FILDA 2023, disse que o investimento será aplicado através da subsidiária Etu Energias Renováveis, unidade de negócio focada também na produção e comercialização de energias limpas e renováveis, como solar, solar térmica, fotovoltaica, biomassa, hídrica ou mini-hídrica, eólica e resíduos.

Para Edson dos Santos, a visão da empresa decorre do facto de Angola ser abençoada pela diversidade de recursos naturais que vão desde os hidrocarbonetos a luz solar e os rios, por isso, acredita que o País tem todos os “ingredientes” para se tornar num centro  energético em África.

Edson dos Santos - PCA da Etu Energias

O PCA fez saber também que a empresa iniciou o processo de transição em 2020, ano em que optou pelo gás queimado nas suas operações por ser duas vezes mais limpo que o carvão em detrimento do combustível diesel.

“Agora procuramos maneiras de aproveitar ainda mais a energia solar. Os nossos postos serão alimentados por painéis solares e oferecerão uma experiência  totalmente única aos clientes”, afirmou.  

As iniciativas da Etu Energias, segundo o gestor, vão também no sentido de aproveitar a energia solar com o objectivo de levar a empresa ao mercado B2C enquanto distribuidora por meio de  canais de venda como postos de gasolina.

“Queremos destacar-nos como empresa energética integrada primeiro  em Angola. Ir para outros africanos é apenas um passo natural na diversificação do nosso  portfólio”, afirmou, realçando que a empress está concentrada na excelência como operador  onshore/águas rasas, especialmente em activos maduros.

No entanto, destacou que a empresa também é pioneiros em Angola em fusões e aquisições no upstream. "Decidimos ir para o rio abaixo quando todos estavam fugindo dele,  incluindo nossos próprios lubrificantes Etu", considerou.

Sobre a produção de energia limpa, o interlocutor disse que a empresa tomou decisão de redefinir a sua visão de negócio que passou pelo o seu alastramento que a tornou numa empresa integradora de energia. “Agora existem postos  de Gasolina Etu, Lubrificantes Etu e muito mais por vir”, sublinhou.

A ambição da empresa é cobrir todo o espectro. Ou seja, tornar-se “um operador forte de activos maduros, especialmente em terra e em águas pouco profundas, e ao mesmo tempo expandir para  fora da exploração e produção (E&P) através de downstream, lubrificantes e agora energia solar”.

Este ano, a Etu Energias foi reconhecida na Conferência Angola Oil & Gas 2023 com o Prémio Melhor Empresa Local do Ano, marcando a celebração do 23º aniversário da empresa fundada no ano 2000.

A Etu Energias conta com aproximadamente 300 funcionários, opera três blocos produtores de petróleo e um em exploração. É parceira em outros cinco blocos petrolíferos – todos em Angola.