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Angola recebe 48 milhões USD para o combate à malária

Fernando Baxi
2/11/2023
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Foto:
DR

Há registos de pelos menos 26 mil 156 óbitos nos últimos dois anos, resultantes de 18 milhões 380 mil 613 casos diagnosticados em Angola.

Angola vai receber 48 milhões USD para o combate à malária no período 2024 – 2026, 'revela' o relatório da Aliança dos Líderes Africanos Contra a Malária (ALMA), do primeiro trimestre de 2023, em posse da E&M.      

O montante, num total de 126 milhões USD, que provem do Fundo Global das Nações Unidas de Luta Contra o HIV, Tuberculose e Malária, segundo aquele documento, servirá ainda para dar resposta as outras duas preocupações de saúde pública no País (tuberculose e HIV).

A verba a ser atribuída, aclara o relatório da ALMA, também vai cobrir gastos para fortalecer o sistema de saúde. “O Fundo Mundial determinou o montante total de alocação com base na carga de doença e nível de renda de Angola, bem como vários outros factores”, refere o documento.  

De acordo com a recomendação do Fundo em causa, o montante atribuído para o combate à malária (aproximadamente 38% do total) ou de outras incluídas no programa, podem ser ajustados segundo a estratégia de Angola. Mas, a verba deverá destinar-se àquele objectivo.

A malária, indicam dados oficiais, é a principal causa de morte no País nas duas décadas findas. Há registos de pelos menos 26 mil 156 óbitos nos últimos dois anos, resultantes de 18 milhões 380 mil 613 casos diagnosticados.

“Toda a população em Angola corre o risco de contrair malária”, reconheceu a ALMA no relatório acima, que também aponta para 13 mil 676 o número de pessoas mortas por paludismo no País em 2021.    

Face à prevalência desta doença infecciosa (que matou 12 mil 480 pessoas, num registo de 9 milhões 211 mil 346 casos em 2022), o Estado gizou programas de combate e prevenção contra a malária, tendo cabimentado quase 11,5 mil milhões de Kwanzas, segundo o OGE-2023.