O Ministério da Saúde (MINSA) informou, esta semana, em nota de imprensa, que o produto foi adquirido na Tanzânia e será distribuído em todos os municípios do país para tratar 21 mil hectares, no âmbito da sua estratégia de combate à malária.
Segundo a Lusa, que cita o secretário de Estado para a Saúde Pública, Franco Mufinda, uma das estratégias do MINSA é o controlo do mosquito nesta fase, salientando “a preocupação do executivo para a redução do impacto da malária na sociedade”.
O servidor público referiu também que de Janeiro a Agosto deste ano, o país teve um registo de cerca de 6.000.000 milhões de casos de malária e pouco mais de 9.000 óbitos provocado pela doença, ao contrário do ano passado, em que foram 5.000.000 e cerca de 8.100 óbitos. Sendo que “este ano, tivemos alguns surtos nas províncias de Benguela e Huambo, mas também a preocupação premente em Malanje e Cuanza Sul”, referiu.
O secretário de Estado, disse ainda “que é primordial”, atacar o mosquito na sua fase larval, e que é preciso também combater o mosquito na sua fase adulta, através da fumigação, uma atividade que tem sido levada a cabo pelas administrações municipais.
“Há todo um plano estabelecido para se poder distribuir esse produto. A abordagem da malária é uma abordagem multissetorial, sendo que a responsabilidade é individual e deve iniciar-se nas famílias”, frisou.
As comissões de moradores, segundo avançou Franco Mufinda, devem ajudar na melhor gestão do lixo, dos charcos, onde está o cerne do problema, não esperando pelas autoridades sanitárias, “que estão em último lugar nesta cadeia de responsabilidades, gerindo o doente”.
“Nós não devemos esperar que haja doentes de malária, mas sim prevenir para que não tenhamos mosquitos, esse papel é de todos nós”, sublinhou.
Recorde que a malária é a principal causa de mortes em Angola.