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Aposta em Fintechs

Cláudio Gomes
22/1/2020
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Foto:
Carlos Aguiar

A aposta em Fintechs é apontada por especialistas como forma de impulsionar a inclusão financeira nos países, em particular em África, onde os índices de bancarização ainda são baixos.

Para Daniel Cohen, co-fundador e gestor de produtos da Appy Saúde, apesar do surgimento de várias iniciativas de Fintechs no país, ainda continuam a faltar apoios ao nível técnico e financeiro, sendo que um“factor importante é encontrar investidores e parceiros” que acreditem no projecto. Outro factor importante, acrescentou, “é conseguir construir uma equipa com competências para dar resposta aos desafios que qualquer startup enfrenta”.

O gestor, que foi um dos intervenientes do 3º painel da Conferência sobre Transformação Digital na Banca realizada pela Economia & Mercado, subordinado ao tema “Os Números e os Desafios do Comércio Electrónico em Angola”, considerou que, apesar das dificuldades “muito tem sido feito nos últimos anos no que respeita à penetração da telefonia móvel e ao acesso àInternet” no país.

Já Carlos Pinho, CEO da Quality, atesta a ideia de que o Mercado nacional apresenta oportunidades para investimentos na área do digital, desde os serviços financeiros ao E-commerce, mas lamenta que ainda persistam vários constrangimentos.

“Os custos com as telecomunicações e de alojamento ainda são desencorajadores e podem inclusive inviabilizar muitos projectos, impedindo-os de alcançar a massa crítica necessária para a sua sobrevivência”, afirmou, considerando urgente a melhoria da qualidade das redes móveis, tanto a nível de cobertura como de desempenho, além da redução dos custos de aquisição dos equipamentos, tanto para empresas prestadoras de serviços quanto para os consumidores finais.

“Uma redução da incidência fiscal sobre a importação de equipamentos electrónicos também ajudaria bastante, tendo em conta que levará algum tempo para que o país passe a fabricar dispositivos electrónicos de alta qualidade”, defendeu o gestor. Para o também engenheiro de Sistemas da Macrosoft, tanto a melhoria da qualidade de serviço como a redução dos preços dos produtos de telecomunicações, vai resultar num aumento da concorrência no mercado nacional.

Por sua vez, o chefe do Departamento de Sistemas de Informação e Inovação do Instituto de Fomento da Sociedade de Informação (INFOSI), Domingos Afonso, disse, à margem do evento realizado pela E&M em Novembro, que já é possível assumir “sem medo de errar que as startup são um factor de desenvolvimento do país”, pois elas proporcionam uma “lufada de ar fresco para as empresas”, por serem as incubadoras dos projectos e das soluções que o país precisa.

“Devemos apostar nas startup, porque, actualmente, grande parte dos serviços que as multinacionais prestavam a nível do sector tecnológico estão a ser oferecidos por elas”, justificou Domingos Afonso, acrescentando que este facto deve chamar atenção dos investidores e dos governantes, na medida em que as startup representam um “valor agregado para as soluções que os sectores públicos e privado precisam”.

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