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As universidades corporativas e os novos desafios

Ana Cristina Silva
19/10/2018
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Foto:
DR

As organizações devem ter em linha de conta a importância de renovação das respectivas estratégias de formação.

Como resultado da globalização, bem como da expansão geográfica e diversificação das grandes empresas, as organizações enfrentam uma série de desafios organizacionais que podem representar riscos para a consolidação da cultura corporativa, gestão do conhecimento interno, eficácia operativa, assim como a gestão estruturada dos processos, do talento e da diversidade.

Para se adaptarem ao novo contexto, resultado da globalização, bem como da expansão geográfica e diversificação das grandes empresas, as organizações devem ter em linha de conta a importância de renovação das respectivas estratégias de formação. Para isso deverão equilibrar o uso das distintas metodologias de capacitação de recursos humanos, apoiando-se no avanço da tecnologia com o objectivo de aumentar a eficiência da formação, melhorar a contribuição e gestão do conhecimento da organização e estimular a inovação.

O desenvolvimento de modelos de gestão corporativos (compensação, selecção, formação, etc.) são acções eficazes que permitem abordar alguns desses desafios organizacionais, tendendo as organizações a implementar soluções integradas que permitem desenvolver a função corporativa segundo um mesmo enfoque.

Neste contexto, as Universidades Corporativas (UC) surgem como um meio de endereçar os desafios actuais das organizações de uma forma integrada, ao mesmo tempo que servem de plataforma ao seu desenvolvimento profissional. A UC reflecte assim o compromisso da empresa com a criação e transmissão dos conhecimentos e capacidades que a diferenciam.

Tradicionalmente, as UC’s servem de elemento integrador da cultura da empresa, embora não se circunscrevam apenas a este objectivo.

A abordagem holística da UC fomenta a aprendizagem contínua, a homogeneização dos estilos de liderança e dos modelos operativos, a criação de rede de contactos entre os profissionais, o desenvolvimento permanente dos colaboradores, a gestão eficaz do conhecimento e da integração na empresa dos novos colaboradores. Cerca de 75% dos especialistas não hesitam em afirmar que as UC’s representam o melhor método para criar uma relação directa entre os programas formativos e a estratégia de negócio.

Tradicionalmente, as UC’s servem de elemento integrador da cultura da empresa, embora não se circunscrevam apenas a este objectivo. As UC’s respondem, de igual modo, a objectivos relacionados com as necessidades de negócio, como o prestígio ou o fortalecimento da imagem de marca; a integração do grupo, não só relativamente ao reforço da cultura da empresa, mas também para promover a compreensão mútua e das relações interpessoais; a excelência operativa, relacionada com a optimização do tempo nas organizações e na homogeneização dos procedimentos dos negócios; o desenvolvimento do negócio, focado na melhoria operativa com os fornecedores, assim como na potenciação do conhecimento dos produtos/serviços aos clientes da empresa; a eficiência da função formativa; e a gestão do talento. Enfim, as UC´s potenciam o desenvolvimento do colectivo chave da empresa e fomentam os projectos de investigação e inovação (gestão do conhecimento interno).

Existem cinco pilares fundamentais e estreitamente inter-relacionados sobre os quais assenta o modelo de Universidade Corporativa. Estas surgem assim como uma resposta corporativa eficaz aos desafios organizacionais e objectivos estratégicos mencionados. São muitas as empresas que apostaram já na criação de Universidades Corporativas, mas ainda precisamos de torná-la uma realidade firme.