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Banca em Análise: Activos dos bancos sobem 17,41 biliões Kz mas depósitos descem 7% em 2021

Redacção_E&M
26/10/2022
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Foto:
Isidoro Suka

A nível de ranking relativo aos depósitos de clientes, o BAI continua a ser o banco com maior volume de depósitos captados, seguido pelo BFA, Millennium Atlantico, Banco Económico e BIC.

O valor total dos activos dos bancos ascendeu a 17,41 biliões Kz, em 2021, o que corresponde a um decréscimo de aproximadamente 5,4% face a 2020.  O valor total dos depósitos de clientes no sector bancário foi de 13,14 biliões Kz, o que representa um decréscimo de 7% face a 2020.

Segundo o Estudo da Deloitte, denominado Banca em Análise, que já vai na sua 16ª edição, o decréscimo registado nesta rubrica deveu-se à valorização do Kwanza, que leva a redução do valor dos depósitos denominados em moeda estrangeira.

Na posição relativa entre os cinco maiores bancos a operar em Angola, o BAI continua a liderar, com um activo total de 3,03 biliões Kz, seguido pelo BFA, BIC, BPC e Millennium Atlantico, tendo-se registado uma troca de posições entre o BPC e o BIC no ano em análise. Os cinco maiores bancos representaram cerca de 65% do total do activo do sector bancário. A nível de ranking relativo aos depósitos de clientes, o BAI continua a ser o banco com maior volume de depósitos captados, seguido pelo BFA, Millennium Atlantico, Banco Económico e BIC.

Entretanto, o resultado líquido dos bancos registou, em 2021, um aumento considerável, ao sair de -303,7 mil milhões Kz em 2020 para 592 mil milhões em 2021, justificado, maioritariamente, pela melhoria do rating de Angola e consequente reversão de perdas por imparidade e da melhoria dos resultados do BE e do BPC em 2021, que embora tenham sido negativos (cerca de 83 mil milhões Kz), apresentaram uma evolução positiva.

“Gostaria de salientar aqueles que consideramos terem sido os principais movimentos ocorridos nas demonstrações financeiras dos bancos, durante o ano de 2021. No que diz respeito às rúbricas de balanço destacamos: (i) a redução dos activos e dos depósitos, influenciado pela valorização do Kwanza face ao Dólar norte-americano e ao Euro”; e o (ii) o aumento do crédito líquido a clientes (+4%) impulsionado, em grande parte, por medidas de incentivo à concessão de vários tipos de crédito emanadas pelo BNA.” Salientou José Barata, Presidente da Deloitte Angola.

No que diz respeito à demonstração de resultados, o responsável explicou: “(i) a reversão das imparidades na carteira de títulos de dívida pública, decorrentes da melhoria do rating de Angola; (ii) o aumento dos custos operacionais (+17%); e (iii) a redução significativa dos resultados cambiais (-90%) resultante, essencialmente, da flexibilização do mercado cambial”.

José Barata acrescenta ainda que “o resultado líquido que os bancos têm vindo a registar nos últimos anos está muito alicerçado nos resultados cambiais e na margem financeira obtida, essencialmente, através do investimento em títulos de dívida pública, que deixarão de ser a alavanca dos resultados líquidos no futuro.