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Banco Mundial avalia expansão do Kwenda

Cláudio Gomes
6/10/2022
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Foto:
DR

A instituição internacional está a avaliar a possibilidade de expandir o Programa de Fortalecimento da Protecção Social para as zonas urbanas. Falta de identificação digital dificulta o processo.

A informação foi avançada esta semana, em Luanda, à Economia & Mercado, pelo novo director do Banco Mundial (BM) para Angola, Burundi, República Democrática do Congo (RDC) e São Tomé e Príncipe, que garantiu estarem disponíveis 2.7 mil milhões de dólares para financiar projectos em Angola.

“Estamos aqui também para abordar com o governo e ver o que será desejável sobre a expansão”, disse Albert G. Zeufack. “O Kwenda é um projecto do governo. Nós estamos aqui apenas para apoiar esta iniciativa. Levar a cabo um trabalho desta dimensão nem sempre é fácil. Não é fácil atingir os objectivos, tão pouco, é fácil atingir os beneficiários”, disse.

A não exatidão de algumas estatísticas é um dos desafios que acomete o programa lançado em 2020 para reduzir a pobreza e as assimetrias sociais nas comunidades e proteger as populações mais carentes de alguns municípios do país. Sobre as estatísticas, o director do BM para Angola disse que a identificação digital poderia facilitar a implementação do programa aos 1.608.000 agregados familiares em quatro anos de vigência.

“Noutros países temos a identificação digital que pode facilitar a implementação desta actividade, mas infelizmente não é o caso de Angola. É um trabalho difícil e que nem sempre é fácil de levar a cabo. Mas isto não faz com que cruzemos os braços sem que possamos implementar este programa”, realçou Albert G. Zeufack, informando que há necessidade de se identificar “todos estes elementos por meio desta avaliação”. Acrescentando, o novo director do BM disse que a instituição conhece as nossas dificuldades em relação às estatísticas e que nem sempre são exactas.

Assegurou, porém, que tudo será feito para acelerar os projectos em curso, bem como aqueles que devem ser implementados. “Sobre o projecto Mosap, vamos estabelecer mecanismos que nos permitirão avaliar o resultado deste projectos”, disse.

Financiado pelo Banco Mundial (320 milhões USD) e o Executivo (100 milhões USD), o Programa de Fortalecimento da Protecção Social contempla quatro componentes, nomeadamente, transferências sociais monetárias, inclusão produtiva, municipalização da acção social e cadastro social único.

Os beneficiários do programa têm direito a 8.500 Kz, mensalmente, que são pagos trimestralmente, fazendo com que cada agregado familiar receba 25.500 Kz, que podem ser utilizados na geração de outros rendimentos pela via do desenvolvimento de pequenas actividades económicas, como por exemplo pequeno comércio, criação de animais de pequeno porte e agricultura.