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Bancos defendem acção conjunta para os desafios do ESG

Mariano Quissola
17/3/2023
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Foto:
Isidoro Suka

‍Da siga em inglês, o acrónimo ESG, Environmental, Social and Governance, refere-se à uma grande tendência e uma necessária resposta das empresas perante os desafios da sociedade contemporânea

Bancos comerciais defendem que a implementação das boas práticas ambientais, sociais e de governança corporativa, por parte das empresas deve ser uma tarefa de todos os intervenientes do mercado, no âmbito dos desafios do ESG.

Este posicionamento foi manifestado, em Luanda, durante a I edição do ‘Angola Banking Conference – A banca e os desafios ESG’, co-promvida pela revista Economia & Mercado e a PwC, cujas discussões incidiram sobre os caminhos a percorrer para a implementação dum conjunto de metas impostas pela agenda da transição energética.

Sandro Africano, vice CEO do BNI, considera a ESG um desafio importante, mas defende que se leve em consideração o facto de grande parte da população angolana ser pobre, condição que deve ser alterada com a participação de todos agentes económico e o Governo.

No seu entender, a solução passa, entre outras, pela concepção de projectos que mudem efectivamente o modo de vida das pessoas e, para o caso da banca, em particular, que o regulador crie benéficos e redução da carga fiscal, de modo a flexibilizar os custos operacionais.

“Se queremos ter uma banca forte, temos que fazer a aposta na equivalência da supervisão, para garantir confiança e consistência no sistema”, defendeu o gestor bancário.

O BAI, por sua vez, promete incorporar no seu plano estratégico 2022/2027, os desafios ESG, segundo informação avançada pela Administradora, Inokcelina de Carvalho.

Miguel Alves, PCE do Atlântico disse ser muito desafiante a implementação do ESG e que não deve passar apenas pela aprovação de um decreto, na medida em que a transição vai levar o seu tempo, por se tratar de um processo, sobretudo por ser um tema novo.

Miguel Raposo Alves, PCE do Atlântico, defende que todos os intervenientes do mercado são chamados para este desafio, devendo fazé-lo em consciência e convicção e não por obrigação, tendo em consideração que é para o bem-estar de todos.

O PCE do Banco Caixa Angola, João Pires, considera um tema fraturante, porque junta dois aspecto novos, o que aumenta o custo de fazer banca.

Para Inokeclina de Carvalho, todos os eixos são prioritários, a julgar pela maturidade da economia nacional, que se encontra num estágio primário, considerando que os bancos não operam de forma isolada.

“O banco tem sido usado para a alavanca do resto da economia. É natural que assim seja, mas acredito mais em equilibrado”..

Defende a definição e uma estratégia de abordagem do ESG, considerando que o país assumiu o compromisso em Doha, sobre os desenvolvimentos do milénio, com destaque para a transição energética.

“Se tivermos que ser o motor, vamos fazé-lo, mas temos de ser equilibrados e não importar modelos, considerando as especificidades própria do estágio de crescimento da economia nacional”, sugere a administradora do BAI

Luís Gonçalves, PCE do BFA considera importante a medição do impacto dos riscos, mas se se pedir esse esfoço só aos bancos, o mercado pode acabar sem a banca.

“O BFA sempre esteve muito preocupado em devolver à sociedade tudo oque ela lhe dá, por via de acções sociais e preocupado com igualdade do género, na medida em que não há desigualdades salarias em função do género.

João Pires, do Caixa Angola, disse que o banco nunca sofreu qualquer pressão para a implementação e financiamento de projectos sociais nem os relacionados às questões ambientais.

O tema na agenda global

O acrónimo ESG, do inglês, Environmental, Social and Governance, refere-se à uma grande tendência e uma necessária resposta das empresas perante os desafios da sociedade contemporânea, pois trata-se uma sigla que diz respeito à integração da geração de valor económico aliado à preocupação com as questões ambientais, sociais e de governança corporativa, por parte das empresas.

Na prática, é uma forma de mostrar responsabilidade e comprometimento com o mercado em que actuam, os seus consumidores, fornecedores, colaboradores e os seus investidores.