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BFA revê crescimento do PIB abaixo de 5% este ano para Angola

Redacção_E&M
17/10/2022
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"Estamos a rever a nossa perspectiva de crescimento do PIB em ligeira baixa, esperando, ainda assim, uma subida seguramente acima dos 4%", afirmou José Cerdeira, economista-chefe do banco.

Citado recentemente pela Lusa, no seguimento da nota de análise sobre a evolução do Produto Interno Bruto (PIB) no segundo trimestre, José Cerdeira adiantou que o Gabinete de Estudos do Banco Fomento Angola (BFA) vai rever em baixa a previsão de crescimento de Angola este ano para pouco mais de 4%, estimando um abrandamento em 2023 entre 2% e 3%.

De acordo com a Lusa, em Maio, o BFA previa que o PIB de Angola crescesse entre 5,2% e 5,7% este ano, o que seria o ritmo de crescimento mais elevado desde 2012, quando a economia angolana cresceu 8,5%.

Já o Fundo Monetário Internacional estima que Angola cresça 2,9% este ano, em linha com a previsão oficial do Governo, que ronda os 3%.

O PIB de Angola cresceu 3,6% no segundo trimestre em relação ao período homólogo de 2021, segundo a Lusa, e acelerou 0,5% face ao crescimento registado no primeiro trimestre deste ano, os quais registam um crescimento acumulado de 3,2% no primeiro semestre deste ano.

Face aos números do mesmo período do ano passado, o sector diamantífero representou, no segundo trimestre, a indústria com maior crescimento, com mais de 40%, segundo a nota divulgada em Luanda no princípio do mês.

"A economia como um todo está a acelerar, mas com tendências diferentes no sector petrolífero e não petrolífero", comentam os analistas do BFA, vincando que "a economia petrolífera que cresceu pela segunda vez desde 2016, resultado de nova produção em vários blocos, provavelmente vai manter-se no ritmo dos dois últimos trimestres, no conjunto do semestre, podendo acelerar pontualmente no terceiro trimestre, mas compensando com menor crescimento no último trimestre do ano".

Acrescenta-se na nota do BFA que a economia não petrolífera, "deverá acelerar, sobretudo do lado do consumo privado, para valores perto dos observados na primeira metade de 2021, o que fará com que o PIB cresça acima de 4% no total do ano”.