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BNA abre inquérito para apurar origem de milhões na posse de oficiais angolanos

Isabel Bernardo
26/5/2021
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Foto:
DR

O BNA, na sequência da operação ‘Caranguejo’, abriu um inquérito para apurar as circunstâncias em que o dinheiro levantado por um banco comercial foi encontrado com o major Pedro Lussaty.

O BNA justifica que este inquérito serve “para averiguar junto do banco comercial em questão as circunstâncias em que aqueles valores foram disponibilizados a terceiros e quais os procedimentos de ‘compliance’ aplicados para assegurar a sua legitimidade”.

Sendo o BNA, entidade responsável pela emissão de notas e moedas de kwanzas no país e que controla a moeda em circulação, fez soar o alarme nas instituições financeiras já que foram apreendidos volumes de notas com selos próprios.

“Os valores em questão, em moeda nacional, foram levantados na nossa casa forte por um banco comercial, obedecendo integralmente às regras e protocolos vigentes para o efeito, não tendo ocorrido qualquer falha de procedimentos a nível do Banco Nacional de Angola”, garante a instituição.

Num comunicado hoje divulgado no seu 'site', o BNA esclarece que recebe dos bancos comerciais as notas que estes recebem do público consideradas superiores às suas necessidades de caixa e disponibiliza-as aos bancos comerciais quando necessário, para assegurar a existência de notas na rede de balcões e Caixas Automáticos (ATM).

Segundo a Lusa, a justiça anunciou a apreensão de vários milhões de dólares, euros e kwanzas no âmbito de um processo de investigação a oficiais das Forças Armadas, suspeitos dos crimes de peculato, retenção de moeda, associação criminosa e outros.

Sem detalhar valores, a Procuradoria-Geral da República indicou que "foram apreendidos valores monetários em dinheiro sonante, guardados em caixas e malas, na ordem de milhões, em dólares norte-americanos, em euros e em kwanzas, bem como residências e viaturas".