O volume de notas e moedas em circulação na economia aumentou (quase) 2% em Agosto face a Julho de 2024, ao passar de 792,4 para 808,9 mil milhões de Kwanzas, concluiu a E&M com base na informação divulgada recentemente pelo Banco Nacional de Angola (BNA).
A decisão do BNA acima, segundo especialistas, pode ser compreendida como parte de uma estratégia de gestão da liquidez, ajustando a oferta de moeda para garantir que a economia funcione eficientemente.
Mas, alertam, é importante observar as variáveis macro-económicas (inflação e crescimento económico) para entender o contexto mais amplo, assim como os possíveis impactos dessa política.
Factores sazonais, explicam analistas, como maior procura por dinheiro físico, devido a pagamentos de salários, transferências governamentais ou outros eventos de índole sazonal que aumentam o consumo.
Durante certos períodos, esclareceram, como vésperas de feriados ou início de ano lectivo, pode haver maior necessidade de moeda física para transacções diárias.
Ainda no mesmo período, de acordo com a informação também disponibilizada pela autoridade monetária do País (BNA), verificou-se um crescimento de, aproximadamente, 3% da base monetária; passou de 4,03 para 4,15 biliões Kz.
Um aumento da base monetária, avançam analistas, pode reduzir as taxas de juros e facilitar o crédito, incentivando o consumo, assim como o investimento (estímulo económico). Mas causa depreciação ou desvalorização da moeda local em relação às principais divisas.
O incremento da base monetária pode aumentar as exportações, mas também encarecer as importações, razão pela qual especialistas na matéria recomendam uma administração cuidada para manter o equilíbrio e o controlo da inflação.