A Bolsa de Dívida e Valores de Angola (Bodiva) procedeu a abertura do seu capital em sociedade, no quadro do programa da sua privatização, com a desmaterialização das suas acções na Central de Valores Mobiliários (CEMAVA), anunciou na quinta-feira, 20, a instituição em comunicado.
A referida desmaterialização deu lugar a transformação das acções da BODIVA do formato físico para o digital, passando as mesmas acções em depósito deforma electrónica na conta do único accionista, que é o Estado.
De acordo com a coordenadora do departamento de liquidação de custódia da instituição, Natália de Jesus, as referidas acções já foram depositadas no Banco de Comércio e Indústria (BCI) na conta do Instituto de Gestão e Activos do Estado (IGAPE), o representante do Estado.
“As acções deixaram de estar em cofre em formato físico e passaram a estar depositadas no formato electrónico na conta do accionista da Bovida, que é o Estado”, detalhou a responsável, em declarações à Angop.
A Bodiva consta da lista de um total de 195 activos e participações do Estado a serem privatizadas até 2022. A desmaterialização das suas acções constituiu um dos principais requisitos neste processo de alienação, mas o processo segue ainda um grande percurso até a sua venda ou privatização, segundo esclarece a instituição.
De acordo com o calendário do processo de privatização, a alienação da BODIVA poderá ocorrer entre 2021 e 2022. Actualmente, a instituição conta com 25 membros, que fazem as suas operações diárias de negociações.
A missão da BODIVA, além de desenvolver um mercado regulamentar de valores mobiliários e derivados, como fonte complementar à economia angolana, é promover a sã concorrência dos mercados pela divulgação clara, rigorosa e atempada da informação indispensável para tomada de decisões.