Em cada mês, segundo a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação, Maria do Rosário Sambo, o Instituto Nacional de Gestão de Bolsas de Estudo (INAGBE) faz uma planificação financeira a anteceder o mês seguinte e inclui a preparação da remessa dos valores para os bancos comerciais, cujo dossier só se conclui após a recepção da quota financeira correspondente.
Em declarações feitas no decorrer de um encontro com deputados da 3.ª Comissão da Assembleia Nacional, que serviu para analisar a situação dos bolseiros no exterior, a titular da pasta explicou que as quotas de Janeiro a Abril foram todas emitidas em moeda nacional,depositados no Banco de Poupança e Crédito (BPC), instituição encarregue de proceder à transferência em divisas para os bolseiros no exterior.
De acordo com a dirigente, este procedimento tem enfrentado alguns constrangimentos devido à fraca disponibilidade do BPC, o qual, até à actualidade, apenas conseguiu efectuar as operações referentes a Janeiro, facto que tem originado o atraso do pagamento dos subsídios de bolsa.
Para resolver esta questão, refere Maria do Rosário Sambo, o INAGBE decidiu enviar os montantes referentes a Março e Abril para o Banco de Comércio e Indústria (BCI), esperando-se que esta instituição bancária tenha maior capacidade para efectuar os pagamentos com maior celeridade.
Actualmente, informou, fora os bolseiros internos, o INAGBE controla dois mil e 566 bolseiros, dos quais 41% são do sexo feminino.
Cuba, entretanto, é o país que alberga o maior número de bolseiros, com 50%, seguido da Federação Russa, com 21, depois Portugal, com nove.
Neste sentido, a maioria dos estudantes encontra-se em programas de licenciatura, sendo 89% em cursos de graduação, 5,6 em mestrado e 4,1 em doutoramento.