3
1
PATROCINADO

Café de Angola com qualidade internacional

Susana Gonçalves
19/10/2018
1
2
Foto:
Carlos Aguiar

O processo do cultivo do café não é nem rápido nem barato. Entre a produção das mudas de cafeeiro e até os mesmos começarem a produzir é preciso esperar de quatro a cinco anos.

A rega é, aliás, um dos factores que mais encarece o café, cujo preço é estabelecido por uma cotação internacional. No caso da fazenda Cabuta, localizada a mais de1.000 metros de altitude e com um terreno acidentado, a rega é uma missão complicada e dispendiosa. José Caldeira confessa que a modernização e mecanização dos processos de cultivo poderão ajudar a economizar na mão-de-obra. No entanto, ao tornar a fazenda mais produtiva será possível estender a área cultivada o que implicará a contratação de mais pessoal.

Até agora, a Cabuta tem produzido exclusivamente café da variedadeRobusta, precisamente pela maior facilidade de rega que esta exige.Bastam-lhe águas da chuva com abundância e uma rega “normal” para que os bagos surjam nos ramos dos cafeeiros. Mas nos planos dos responsáveis está a aposta,para breve, na cultura da variedade Arábica, mais dispendiosa, já que exige um sistema de rega “gota-a-gota”, mas também mais rentável, pois o seu preço é mais elevado.

Questionado sobre a qualidade do café em Angola, José Caldeira não hesita em afirmar que o mesmo "é capaz de competir com os melhores cafés do mundo”, pelo que deseja que o país consiga recuperar e perseguir os níveis de produção atingidos no passado, como no ano de 1973, quando contabilizou 525 mil hectares plantados, com o rendimento de 400 quilos de café por hectare, com uma produção total de 230 mil toneladas, muito longe das actuais sete mil.

Leia mais na edição de Outubro de 2018.

Economia & Mercado - Quem lê, sabe mais!