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Operação Caranguejo: Procurador Geral acredita que Pedro Lussati não fez tudo sozinho

Isabel Bernardo
2/6/2021
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Foto:
DR

O Procurador-Geral da República declarou nesta terça-feira, em Luanda, a possibilidade de existirem mais implicados e colaboradores do major das Forças Armadas Angolanas, Pedro Lussati.

Hélder Pitta Gróz falava à imprensa, à margem de um encontro sobre o fenómeno da vandalização dos bens públicos, disse ainda que, Angola já solicitou a cooperação internacional, no sentido de ajudar na localização e apreensão de bens da "Operação Caranguejo" no exterior do país.

O magistrado reafirmou por sua vez, que a PGR, em parceria com os Serviços de Segurança e de Investigação Criminal (SIC), continua a investigar o caso, para clarificar a forma como vários bens foram constituídos pelo major Lussati, adiantando que já há alguns avanços nas investigações.

No entender do Procurador-Geral da República, ainda não é possível quantificar a totalidade dos bens, uma vez que existe a possibilidade de alguns estarem registados fora do país, logo ainda é prematuro falar do tempo de desfecho deste caso.

"Há bens que estão aqui em Angola e outros no exterior do país. Já accionamos a cooperação internacional para ajudar-nos na identificação e localização desses bens, a fim de serem apreendidos", explicou Pitta Gróz.

Por outro lado, disse que a PGR não emitiu, até ao momento, qualquer interdição de saída aos oficiais supostamente implicados na “Operação Caranguejo”. Sublinhou, no entanto, que, enquanto militares, os mesmos não podem deixar Angola sem autorização.

Importa aqui referenciar que, o major das Forças Armadas Angolanas (FAA), Pedro Lussati, antigo financeiro da banda de música da Casa de Segurança do Presidente da República encontra-se detido até ao momento.

No âmbito desta operação, que se tornou pública nos últimos dias, já foram apreendidos milhões de dólares, de kwanzas, milhares de euros, imóveis, viaturas e outros bens.

De igual modo, foram exonerados vários oficiais generais, com cargos de alta responsabilidade na Casa de Segurança do Presidente da República.