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Cazenga 24 horas antes das 5ªs eleições

Cláudio Gomes
24/8/2022
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Foto:
Isidoro Suka

Os moradores do município do Cazenga garantiram que estão preparados para escolherem o Presidente da República, o vice-Presidente e os deputados à Assembleia Nacional para a legislatura 2022-2027.

No dia dedicado para reflexão, os entrevistados da Economia & Mercado, residente no município que já foi o mais populoso da província de Luanda, garantem que vão afluir massivamente as 265 assembleias de votos instaladas nas zonas mais próximas das suas residências.

As primeiras horas desta terça-feira, 23, que antecede o acto de votação dos futuros dirigentes do país, foram marcadas por pouca moldura humana nas paragens de táxi nas principais artérias do referido município, sem congestionamentos de “cortar o fôlego” e igualmente com pouco fluxo de vendedores ambulantes.

A Economia & Mercado constatou pouco movimento de pessoas, viaturas e motorizadas, nas imediações do Marco Histórico e da 10ª Esquadra, em direcção às antigas instalações da FILDA, com as paragens de táxi praticamente às "moscas". No entanto, foi na 5ª e 7ª Avenida, onde verificamos uma ligeira movimentação de viaturas, motorizadas e pessoas, exactamente nas imediações da BCA ao mercado do Asa Branca.

O hastear das bandeiras dos partidos políticos como UNITA, CASA CE - Coligação Eleitoral, com destaque para o partido MPLA, este último com maior número de bandeiras expostas, ainda davam o "ar da sua graça", sinalizando o clima pré-eleitoral, assim como os dísticos da CNE - Comissão Nacional Eleitoral sinalizando a existência de assembleias de votos.

Cidadãos dizem sim ao voto

André Samuel, nome fictício de um jovem que trabalha como taxista (azul e branco), disse ter feito a actualização do registo eleitoral com a antecedência justamente para não “ficar de fora” da história eleitoral do município. "Sim, amanhã vou votar na FILDA. Não. Votar sentar não. Vou votar e ir para a minha casa e aguardar os resultados lá, é mais seguro", disse, contrariando o slogan "votou sentou", propalado pelo partido UNITA, maior força política na oposição em Angola.

Quanto a procura pelo serviço de táxi, o eleitor disse que “baixou um pouco” comparando com o dia anterior (segunda-feira).

Zeferino Paulo, outro transeunte que aceitou falar à reportagem da E&M sob anonimato, disse na quarta-feira, 24, irá escolher o Presidente da República, o Vice-Presidente e os deputados a Assembleia Nacional. "Aqui é votar e regressar em casa. Precisamos fazer a nossa parte", afirmou o jovem que trabalha no mercado informal como moto-taxista, vulgo kupapata, transportando passageiros da 5ª Avenida para o interior dos bairros do Cazenga.

Por sua vez, Gonçalo Simão, funcionário de uma bomba de combustível localizado algures do município do Cazenga disse que “temos de votar e ir para casa. Votar sentar para quê?”, questionou, salientando que de nada servirá ficar sentado próximo a assembleia de voto se não poderá ter acesso a informação. “Se os resultados não forem ou não os esperados para mim, não poderei fazer nada se não aguardar um pronunciamento das autoridades”. Como Gonçalo, outros dois jovem subscreveram a postura e demarcam-se da possibilidade de actos de perturbação social.

O acto de eleger os novos dirigentes do país assinala o exercício da cidadania pelos munícipes, marcando a sua participação no quinto pleito eleitoral registado na história política e eleitoral de Angola desde 1992. Os eleitores contam com o asseguramento dos efectivos destacados nas unidades afecto ao Comando Municipal da Polícia do Cazenga, que destacou dois agentes para cada assembleia de voto.

O dia dedicado para reflexão esta consagrado na Lei Eleitoral e marca a proibição do exercício de qualquer acto com carácter político-eleitoral. São legíveis para o acto eleitoral de amanhã, quarta-feira, 24, mais de 12.000.000 de cidadãos nacionais maiores de 18 anos e 120.000 efectivos da polícia nacional estão em prontidão para assegurar o processo eleitoral.

Acompanha a incidência dos últimos cartuchos das eleições gerais em Angola no site e nas redes sociais da Economia & Mercado (Instagram, Facebook, Twitter).