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China pretende ajudar países devedores a honrar os acordos

Redacção_E&M
30/4/2019
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Foto:
DR

O país vai trabalhar para resolver a capacidade dos Estados em cumprir os seus empréstimos, declarou, esta semana, em Beijing, o presidente do Banco do Povo Chinês (banco central).

Segundo o Jornal de Angola (JA), Yi Gan fez tais pronunciamentos  no segundo fórum “Uma Faixa, Uma Rota”, que reuniu na capital chinesa cerca de 37 chefes de Estado e de Governo.

O jornal informa, ainda, que os novos critérios de financiamento, definidos pelo ministério chinês das Finanças e do banco central, destinam-se a atrair parceiros de investimento estrangeiro, visando aliviar as preocupações sobre à capacidade dos países que aderiram cumprirem com as suas dívidas.

De acordo com o diário nacional, o gigante asiático deverá agora levar em conta a dívida total e a capacidade de financiamento na moeda local do respectivo país e tornar públicos os detalhes dos contratos.

Para a presidente do FMI, Chistine Lagarde as mudanças pretendidas pela China representam um “passo bem-vindo”.

Nas vésperas do fórum, Pequim resolveu algumas das disputas relacionadas com projectos, que ameaçavam prejudicar a reputação da iniciativa.

Por exemplo, a Malásia negociou a redução da dívida para o equivalente a 5,4 mil milhões de dólares para a construção de uma linha ferroviária na costa leste, de 668 quilómetros de comprimento, que liga acosta ocidental do país aos estados rurais do oeste.

A Etiópia é outro país que tem tido dificuldades em pagar um empréstimo avaliado em 4 mil milhões de dólares, contraído para construir uma ligação ferroviária entre Adis Abeba e o Djibuti, entrou também num processo de reestruturação da dívida, bem como o Sri Lanka que construiu, através de uma linha de crédito da China, um porto de águas profundas numa localização estratégica no Índico, acabou por ser um gasto incomportável para o país, que teve de entregar a concessão da infra-estrutura e dos terrenos próximos à China, por um período de 99 anos.