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China quer ajudar processo de industrialização de Angola

Redacção_E&M
13/9/2019
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Foto:
DR

A China pretende construir em Angola fábricas de montagem de carros, estaleiros para a construção de navios pesqueiros e centros de reciclagem tendo em vista a industrialização do país.

A informação foi esta semana avançada, em Luanda, pelo embaixador da China em Angola, Gong Tao, tendo ainda manifestado a intenção das autoridades do seu país em intensificarem a cooperação com Angola, particularmente no domínio da industrialização, actualmente concentrada na agricultura, petróleo e construção civil.

O embaixador da China, que falava num encontro com jornalistas, disse que existem empresas chinesas que estão a efectuar pesquisas de mercado em Angola sobre as oportunidades de investimento no país bem como as áreas de intervenção.

O embaixador, citando estatísticas que qualificou de incompletas, referiu que o investimento chinês em Angola ultrapassou já 20 mil milhões de dólares, segundo a agência noticiosa Angop.

Ainda no encontro que teve lugar no Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM), o diplomata referiu que a dívida de Angola para com o seu país baixou de 23,3 mil milhões de dólares em 2017 para 22,8 mil milhões em 2018, ou seja, uma redução real de 500 mil dólares ou 2,0% do total.

De acordo com o portal Macauhub, Gong Tao adiantou que desde 2002, ano em que se reforçou a presença do seu país em Angola, empresas da China reconstruíram 2.800 quilómetros de linhas férreas, 20 mil quilómetros de estradas, construíram 100 mil habitações sociais, mais de seis escolas e hospitais, obras que servem para apoiar o desenvolvimento económico e social angolano.

O Macauhub salienta ainda que os dados oficiais chineses divulgados no Fórum de Macau indicam ter as trocas comerciais entre os dois países ultrapassado 27,7 mil milhões de dólares em 2018, com um crescimento de 24,2% em termos anuais, sendo que no primeiro semestre de 2018 cresceram 1,9% para mais de 13,6 mil milhões de dólares.

A China acolhe, em Novembro, a primeira edição da Feira China/África do Comércio e Investimento e o embaixador chinês augura por uma “forte participação angolana” no certame, manifestando-se “confiante” nas acções do Governo angolano para a melhoria do ambiente de negócios