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China testa primeira vacina contra a covid-19

Redacção_E&M
24/4/2020
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Foto:
DR

Um laboratório chinês anunciou, que foi testada pela primeira vez, uma vacina experimental em macacos que os "protegeu largamente" contra o coronavírus. Trata-se de uma boa nova para o mundo.

A investigação publicada pelo gigante farmacêutico Sinovac Biotech dá conta que a vacina tinha agentes patogénicos inertes do vírus na origem da doença covid-19, foi administrada a oito macacos, que tinham sido contaminados, artificialmente, três semanas mais tarde.

"Os quatro macacos que receberam a vacina em dose elevada não apresentaram qualquer traço detectável do vírus nos pulmões, sete dias após a contaminação", assegurou o laboratório, que publicou os resultados a 19 de abril no ‘site’ bioRxiv.

No entanto, outros quatro símios, cuja vacina foi administrada em dose menos forte, apresentaram uma elevada carga viral no organismo, mas conseguiram resistir à doença.

Neste sentido, referem os especialistas envolvidos no desenvolvimento do estudo, os resultados deverão ser objecto de uma nova avaliação, antes de serem validados pela comunidade científica.

Entretanto, a imunologista Lucy Walker, da Universidade College, em Londres, questionou, "se esta protecção é de longa duração".

Na rede social Twitter, o virologista Florian Krammer, da Escola Icahn, de medicina, em Nova Iorque, não teve receio em afirmar que estes são os primeiros dados pré-clínicos sérios que já viu sobre uma vacina experimental.

Além do projecto da Sinovac, a China aprovou duas outras vacinas experimentais lançadas, por um lado, pela Escola Militar de Ciências Médicas e pelo grupo de biotecnologia CanSino, cotado em Hong Kong, e, por outro lado, pelo Instituto de Produtos Biológicos e pelo Instituto de Virologia de Wuhan, a cidade onde o coronavírus surgiu, no final do ano passado.

Outras iniciativas têm sido anunciadas desde o mês de Março como a do laboratório americano Moderna, que informou que estava a proceder igualmente a ensaios clínicos para uma vacina experimental nos Estados Unidos.

A corrida pela busca de uma vacina contra a covid-19 prossegui. Os Grupos farmacêuticos e laboratórios de investigação em todo o mundo lançaram-se na corrida contra o tempo para desenvolver tratamentos e vacinas contra a covid-19, que matou mais de 190.000 pessoas, em cerca de 2,7 milhões de cidadãos contaminados. Os peritos estão a usar várias novas tecnologias.

Estima-se que o prazo estimado para uma vacina é de entre 12 a 18 meses, no mínimo.