Segundo informações divulgadas na Angop, o facto foi revelado à imprensa, nesta terça-feira, no Bengo, pelo presidente do Conselho de Administração da ENDE, Hélder Adão, durante a inauguração da subestação eléctrica do Ambriz.
O responsável na ocasião, explicou que a maior parte dos devedores se encontram na província de Luanda ( à volta de um milhão de clientes), dos cerca de um milhão e 658 mil clientes no país.
Ressaltou ainda que a ENDE tem estado a fazer pressão junto destes, no sentido diminuírem as suas dívida, ainda que faseadamente.
A nível da ENDE, disse, as dificuldades financeiras abrandaram a implementação de alguns projectos de electrificação no país, mas, ainda assim, a empresa está a negociar financiamentos para outras empreitadas, tais como o projecto de electrificação do triângulo dos Dembos, no Bengo.
Quanto à subestação do Ambriz, que já funciona desde 2018 e inaugurada apenas nesta terça-feira, explicou que a mesma tem a capacidade para 13 mil ligações, porém apenas 1.668 ligações domiciliares foram feitas até o momento.
Por esta razão, considerou necessário o crescimento da actividade económica na localidade, para que o consumo possa crescer.
Por sua vez, a governadora do Bengo, Mara Quiosa, apontou a falta de energia eléctrica na localidade como um dos factores que impedia o crescimento do município, situação que, segundo a governante, está completamente ultrapassada.
Apelou aos empresários nacionais e estrangeiros a investirem no município, pois neste momento possui todas as condições para o fomento de um empresariado forte.
A subestação eléctrica do Ambriz tem uma potência instalada de 10 MVA e uma tensão de 60/30 KVA.
Foi construída num período de oito meses, orçou em cerca de 35 milhões de dólares norte-americanos e recebe energia a partir do Ciclo Combinado do Soyo, província do Zaire.