A informação foi confirmada e esclarecida, recentemente, em Luanda, pelo actual porta-voz da CNE, Lucas Quilundo, que salientou que a informação sobre o referido passivo financeiro nunca foi escondida, uma vez que consta dos relatórios de execução financeira do exercício de 2017 da CNE.
Segundo o responsável, a dívida já foi maior, mas vem sendo diminuída regularmente, na medida em que o Executivo disponibiliza as verbas para o efeito.
Em declarações ao Jornal de Angola, Lucas Quilundo esclareceu, no entanto, que não é a CNE que tem estado a efectuar os pagamentos, mas o Ministério das Finanças, que mantém contacto directo com os fornecedores.
De acordo com o porta-voz, “a dívida não é segredo nenhum e não faz sentido a exploração maliciosa que se está a fazer”. “A informação consta dos instrumentos de prestação de contas que a CNE anualmente realiza”, assegurou.
Lucas Quilundo, disse que no final das eleições de 2017, neste caso em 2018, foi feito e aprovado o relatório sobre as Eleições Gerais, elaborado e aprovado também o relatório de execução financeira do exercício de 2017 e a informação sobre a execução financeira do processo eleitoral. Na época, reforçou o porta-voz, ficou claro que havia, efectivamente, um passivo da CNE com vários fornecedores.
Agentes eleitorais
Em relação aos agentes eleitorais que tenham trabalhado nas últimas eleições gerais, o porta-voz da CNE, Lucas Quilundo, garantiu que não existe qualquer dívida com os mesmos.
“Todos os agentes eleitorais que foram recrutados, seleccionados e formados que trabalharam nas eleições, sob responsabilidade da CNE, foram pagos e é sobre eles que a Comissão tem responsabilidades”, sublinhou.
O responsável acrescentou ainda que qualquer inquietação relativa a este processo não tem nada a ver com a Comissão Nacional Eleitoral. Para os que estão ou pretendem fazer a reclamação, disse, devem fundamentar correctamente a reivindicação para que, em função da mesma, se avalie se a responsabilidade recai ou não sobre a CNE. Cerca de 100 mil pessoas trabalharam nas eleições gerais de 2017 como membros das assembleias de voto, formadores e agentes nas campanhas de educação cívica.