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Combate à exclusão financeira através
 das comunicações móveis

Cláudio Gomes
22/1/2020
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Foto:
Carlos Aguiar, Istockphoto, Arquivo e DR

Especialistas defendem que é preciso apostar mais na educação digital e na criação de mais infra-estruturas de telecomunicações como forma de diminuir os níveis de exclusão financeira no país.

A indústria dos telemóveis conecta mais de 3,5 mil milhões de pessoas à Internet (47% da população global), segundo o relatório “The State of Mobile Internet Connectivity 2019”, que aponta que os telemóveis são o principal meio de acesso à Internet nos Países de Baixa a Média Renda (LMICs, na sigla em inglês).

A aceleração da implementação de rede pelas operadoras de telefonia móvel na África Subsariana, lê-se no documento a que a Economia & Mercado teve acesso, “tem sido um dos principais impulsionadores da redução da diferença de cobertura” de comunicações entre “aqueles que vivem fora de áreas cobertas por redes de banda larga móvel e os que vivem em zonas sem cobertura, com infra-estruturas de telecomunicações. Nessas regiões do continente, a implantação de infra-estruturas, ainda segundo o mesmo relatório, aumentou a cobertura 3G de 63% em 2017 para 70% em 2018, estendendo o acesso a mais de 80 milhões de pessoas. Esse avanço, segundo os especialistas, tem permitido, de igual modo, uma zonas recônditas, embora persista uma e a urbana no acesso móvel à Internet.

“As populações rurais nos LMICs têm 40% menos de probabilidade de usar a Internet móvel do que as populações urbanas. Há também uma persistente diferença de género. As mulheres nos LMICs são 23% menos propensas que os homens a usar a Internet móvel”, conclui o relatório.

Atendendo ao papel do sector financeiro para o desenvolvimento da economia dos países, em particular das comunidades, a Deloitte defende, no Observatório da Inclusão Financeira, de 2013, que a banca “deve assumir como seu o propósito de das populações, disponibilizando um cabaz diversificado de produtos e serviços” pois “o acesso de todos a esta oferta é um elemento fundamental para o crescimento e estabilidade económica”. Ou seja, defende a consultora, “torna-se relevante promover soluções que permitam ultrapassar as barreiras que, de forma natural e sistemática, tendem a excluir parte da população, nomeadamente as camadas populacionais mais pobres”.

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