3
1
PATROCINADO

Comissária africana enaltece resiliência do continente face a Covid-19

Redacção_E&M
26/5/2020
1
2
Foto:
DR

A África deve fazer da crise pandémica do coronavírus uma oportunidade para assumir o seu verdadeiro papel na arena internacional, afirmou, esta semana, Josefa Sacko.

A comissária para a Economia Rural e Agricultura da União Africana (UA) disse, em entrevista prestada à Angop, em alusão ao Dia de África (25 de Maio), que o continente “está resiliente e deve fortalecer-se para fazer desta crise uma oportunidade de posicionar-se na arena internacional”, uma vez que a sua população “é maioritariamente jovem”.

A celebração do Dia de África, alude à fundação, a 25 de Maio de 1963, em Addis-Abeba, Etiópia, da então Organização da Unidade Africana (OUA), que a partir de 2002, em Durban, na África do Sul, foi transformada em União Africana (UA).

Para a comissária, esta é a melhor forma de levar a África a desempenhar o seu “verdadeiro” papel, ao lado da comunidade internacional, enquanto parceira com direito à palavra.

Já no tocante à sua missão na UA, a dirigente mencionou o Programa Integrado para o Desenvolvimento da Agricultura em África (CAADP),  como  o “único” instrumento da agenda 2063, para se eliminar a fome e a pobreza no continente africano.

O CAADP, de acordo com Josefa Jacko, é um “programa emblemático”, que nasceu à luz da Declaração de Maputo, em 2003, sobre a Agricultura e Segurança Alimentar em África.

Assim sendo, dez anos depois, os Chefes de Estado e de Governo da União Africana, aprovaram a Declaração de Malabo, em Junho de 2014, que se relaciona também directamente com o CAADP.

Os estadistas ou seus representantes, nesta altura, definiram sete compromissos, entre os quais dois, que velam pela eliminação da fome até 2025 e a redução da pobreza.

Agro-economista e uma das principais tecnocratas ao serviço da União Africana, Josefa Leonel Correia Sacko foi eleita, em Março de 2019, uma das 100 Pessoas Mais Influentes na Política Climática em 2019, além de figurar da lista inaugural das 100 Mulheres Africanas Mais Influentes.

Antes da sua eleição como comissária para a Economia Rural e Agricultura, foi assessora de dois ministros em Angola, designadamente do Ambiente e da Agricultura e Desenvolvimento Rural.

Desempenhou o papel de embaixadora de Boa Vontade para as Alterações Climáticas, pelo Ministério do Ambiente, e no Ministério de Agricultura, o de supervisão da Segurança Alimentar, Erradicação da Fome e Redução da Pobreza.

Durante 13 anos, exerceu as funções de secretária-geral da Organização Inter-Africana do Café (OIAC), na Costa do Marfim, onde representou 25 países produtores de café no continente.