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Consórcio de gás investe 2 mil milhões de dólares

Redacção_E&M
29/10/2019
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Foto:
DR

O Novo Consórcio de Gás criado, esta semana, em Luanda, fornecerá 35 milhões de pés cúbicos por dia à fábrica de fertilizantes do Zaire, em 2023, por capitais privados nacional e russos.

A informação foi obtida pelo Jornal de Angola do presidente do Conselho de Administração da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG), Paulino Jerónimo, que disse ser o gás natural liquefeito a principal matéria-prima da fábrica para cuja edificação foi subscrito um contrato em Sochi, na passada quinta-feira.

O Grupo Opaia, de Angola, e o seu congénere russo Uralchem subscreveram o contrato para a instalação da fábrica que, em funcionamento, absorve 10% da produção de cerca de 350 milhões de pés cúbicos por dia previstos para o Novo Consórcio de Gás.

Os acordos assinados estabelecem o arranque das operações do Novo Consórcio de Gás em 2022, fundamentalmente para prover a Angola LNG, do qual a associação de produtores se torna fornecedora.

Um dos dois documentos subscritos é um Acordo Comercial para a Exploração, Desenvolvimento e Produção de gás natural, assinado entre ANPG, Angola LNG e as empresa petrolíferas ENI Angola, BP, Total, Sonangol Pesquisa e Produção e a Chevron, que empregam dois mil milhões de dólares no processo de produção.

Nos termos deste acordo, escreve o Jornal de Angola, está previsto que o consórcio tem o direito de explorar, desenvolver e produzir hidrocarbonetos na área de contrato, devendo ser utilizadas empresas locais na construção das instalações necessárias à produção, dando lugar à criação de vários postos de trabalho nessa fase. O documento preconiza os Blocos 1, 2, 3, 14 e 15 como o território em que ocorre a produção, os fornecimentos à Angola LNG, Ciclo Combinado do Soyo e à futura fábrica de fertilizantes.

O segundo acordo, continua o Jornal de Angola, assinado entre os responsáveis das empresas petrolíferas integrantes do consórcio, incide sobre a partilha de custos de produção. 

Os dois acordos assinados têm por finalidade colmatar o declínio do fornecimento de gás à planta da Angola LNG, em 2023, evitando, desta forma, uma previsível redução progressiva do fornecimento de gás à planta da Angola LNG a partir de 2022.

Actualmente, Angola produz 800 milhões de pés cúbicos de gás por dia para a Angola LNG, exportando cerca de 80% desta produção, principalmente para países asiáticos.

O presidente do Conselho de Administração da ANPG, Paulino Jerónimo, realçou o facto deste processo representar o início da implementação da estratégia do Executivo de incentivo da exploração, desenvolvimento, produção e utilização do gás natural espelhada no Decreto Legislativo Presidencial 7/18, de 18 de Maio.

Foram signatários, o presidente do Conselho de Administração da ANPG, o director executivo da Angola LNG, Amadeu Azevedo, o presidente da Comissão Executiva da Sonangol Pesquisa e Produção, Ricardo Van-Deste, bem como os directores-gerais das filiais angolanas da ENI, Andrea Giaccardo, BP, Stephen Willis, Total, Olivier Jouny, e da Chevron, Derek Magness.