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Covid-19. Eleva-se o risco de contágio comunitário depois das duas mortes registadas em Angola

Redacção_E&M
30/3/2020
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Foto:
DR

As primeiras duas mortes por Covid-19 registadas em Angola, levantam a suspeita de uma possível contaminação comunitária.

As primeiras duas mortes por Covid-19 registadas em Angola, nesse último final de semana, levantam a suspeita de uma possível contaminação comunitária, considerando que as duas vítimas, de 59 e 37 anos de idade, respectivamente, regressaram ao país, vindos de Portugal, nos dias 12 e 13 de Março, antes ser declarada quarentena domiciliar obrigatória que abrangeu os passageiros de voos dos dias 17 e 18 de Março.

De acordo com recomendações da Direcção Nacional de Saúde Pública, os cidadãos provenientes do exterior não poderão sair por nenhum motivo durante 14 dias, uma quarentena que se estende também aos restantes membros da família, o que não terá sucedido com as duas primeiras vítimas mortais de Covid-19.

Entretanto, a ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, garantiu, em conferência de imprensa realizada ontem, que uma equipa de saúde pública está a ir atrás dos contactos próximos aos falecidos para os notificar, testar e submetê-los a uma quarentena domiciliar e institucional, de modo que se possa diagnosticar e travar a proliferação do novo coronavírus, bem como evitar uma transmissão comunitária massiva.

A ministra da Saúde informou ainda que esse procedimento está a ser observado também para os contactos e/ou familiares dos cinco outros pacientes infectados e internados nas principais unidades hospitalares de Luanda.

Em face à situação, Sílvia Lutucuta não descarta o reforço das medidas de quarentena geral em Angola, no âmbito do regime de Estado de Emergência em que se encontra o país, para se evitar a propagação comunitária nos próximos 15 dias. A responsável acrescentou que nas próximas duas semanas serão feitos rastreios aleatórios em centros de maior concentração populacional, como mercados, para se eliminar a cadeia de transmissão local.

Com as duas vítimas mortais, o registo de Covid-19 em Angola passou para sete, o que fez disparar o alarme de um possível contágio comunitário em curso.

Recorde-se que, em Angola, um total de 886 cidadãos foram postos em quarentena institucional em todo país, dos quais 535 na capital, Luanda. Os demais cidadãos estão a cumprir o período de quarentena institucional nas províncias do Cunene (158 casos), Bié (4), Cuanza Norte (3), Uíge (14), Huíla (36) e Huambo (27), fora as pessoas em quarentena domiciliar.