A eventual medida de isolamento compulsivo de cidadãos oriundos de Lisboa poderá ser activada caso estes saiam de casa antes dos 14 dias estipulados para cumprimento das medidas preventivas ao Covid-19.
A advertência foi tornada pública pela ministra da Saúde, Sílvia Lutucuta, que sublinhou na ocasião que as pessoas nessa condição (cerca de 300) estão mapeadas e sob vigilância, sendo facilmente localizadas, através dos dados expostos em formulário.
“Em caso de incumprimento, estes cidadãos serão localizados através de um mapeamento e levados para os centros de quarentena existentes de forma obrigatória”, disse a governante em conferência de imprensa, realizada em Luanda.
Segundo a titular da pasta da Saúde, conforme cita a Angop, no “questionário” assinado no Aeroporto Internacional 4 de Fevereiro, os visados comprometeram-se estar domiciliados, juntamente com as pessoas do mesmo agregado.
Acrescentando a dirigente explicou que “a quarentena pode ser em instituições criadas ou em casa. Pelo facto de o país não ter condições para atender cerca de 300 pessoas nos locais reservados para o efeito, optou-se pela domiciliar”.
Para manter a vigilância e garantir que as recomendações sejam cumpridas, informou Sílvia Lutucuta, o Ministério da Saúde em parceria com o do Interior criou uma equipa para responder às necessidades pessoais dos cidadãos envolvidos.
A ministra lembrou, aos jornalistas, que em relação à infecção causada pelo Coronavírus (COVID-19) o país tem um plano de contingência multissectorial para implementar e assim mitigar as eventuais complicações desta patologia.
Sílvia Lutucuta reiterou que Angola continua sem qualquer caso declarado, num total de 150 cidadãos rastreados, com resultados negativos, incluindo o chinês internado no HospitalGeral de Benguela (HGB).
“Por esta altura, registam-se 18 viajantes nos centros de quarentena, uns porque manifestaram estado clínico preocupante e outros a terminarem o tempo de observação institucionalizado”, explicou, desdramatizando o pânico pelo país.
A comissão de prevenção ao novo Coronavírus, tranquilizou, está a trabalhar para garantir a logística necessária em caso do surgimento da doença, e os hospitais a nível nacional estão sensibilizados a criar áreas de isolamentos.