Os prémios de resseguro cedido pela companhia atingiram o montante de 3,19 mil milhões de Kwanzas, de acordo com os dados apresentados, hoje, à imprensa pelo Conselho de Administração da empresa.
Segundo o documento a que a E&M tem acesso, o custo com sinistros, no período em análise, atingiu o valor total de 1,07 mil milhões de Kwanzas, o que representa um crescimento de 30% face ao valor registado no ano anterior.
O rigor empreendido na subscrição dos riscos, associado às boas práticas instituídas nas peritagens e averiguações dos sinistros, foram, justificados pelo Presidente da Comissão Executiva (PCE), da companhia, Paulo Bracons, como os factores primordiais para que a taxa de sinistralidade se mantivesse em linha com o registro do ano anterior (19,25% em 2020 para 17,88% em 2019). O rácio de sinistralidade sobre os prémios adquiridos fixou-se em 18,89%.
A semelhança do ano passado, esclareceu o responsável, o ramo Automóvel apresentou o maior volume de sinistros, representando 48% do total de custos com sinistros.
A sinistralidade líquida do ramo de Saúde aumentou ligeiramente passando de 13% em 2019 para 15% em 2020, porém, Paulo Bracons, referiu que no ramo Automóvel a variação foi mais “gravosa” passando de 32% em 2019 para 47% em 2020.
Outra nota de realce, de acordo com a administração da Fortaleza, em 31 de Dezembro de 2020 a estrutura de capitais da companhia apresentou um rácio de solvência de 150,18%, ou seja, considerável, de acordo com o disposto pela ARSEG.
A Fortaleza seguros lançou recentemente, o Seguro de Saúde “Cuide”, que contempla hospitalização, operações e internamentos, assistência ambulatório, evacuação de emergência em Angola e Portugal. Entretanto, descontinuou o seguro de Covid-19, por considerar que não é tecnicamente viável cobrir pandemias.
A Fortaleza tem uma quota de 2,5% no mercado de seguro, mas tem ambição de crescer de acordo com o PCE.
Para 2021, antevê um ano também marcado pela pandemia, contudo com melhoria das perspectivas macro-económicas, que apontam para um crescimento da economia entre 1,5 e 2%.
As pessoas continuarão a estar no centro da estratégia da empresa com especial foco para o desenvolvimento das suas competências e para a avaliação e gestão da performance, sublinhou Paulo Bracons.
Em termos de recursos humanos, a companhia cresceu, saindo de 50 colaboradores em 2019 para 62, em 2021.
“Com o mundo e Angola a funcionarem num novo contexto, foi necessário adaptarmos o plano que prevíamos para 2020 e o foco passou a ser a manutenção dos postos de trabalho, o controlo dos custos, a retenção do negócio em carteira e a captação de novo negócio junto das empresas e indústrias que viram as suas posições fortalecidas no período pandémico”, disse o pelo Presidente da Comissão Executiva da Fortaleza.