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Dados do INE aponta pobreza em 41% da população

Redacção_E&M
6/12/2019
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Foto:
DR

A incidência de pobreza de Angola é de 41%, afectando perto de 12 milhões de pessoas, segundo o Relatório sobre Despesas, Receitas e Emprego em Angola (IDREA 2018-2019).

O documento apresentado esta semana, em Luanda, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) declara que o inquérito realizado para produzir o relatório identificou 41% da população em condições de pobreza, correspondendo a 11.947.270 pessoas com nível de consumo abaixo da linha da pobreza.

Segundo publicou o Jornal de Angola, a taxa da pobreza ocorre com grandes diferenças entre as áreas urbanas e rural e entre as províncias, agrupadas em 11 regiões: na zona rural, a taxa é de 57,2%, incidindo sobre 6.643.811 pessoas, enquanto na zona urbana é de 29,8%, afectando 5.303.459 pessoas.

Assim sendo, as regiões que possuem a incidência mais elevada são a zona rural do Sul do país, correspondente às províncias do Namibe, Cunene e Huíla, bem como as zonas urbanas do Centro e Norte do país, em que se situam as províncias do Huambo, Bié, Benguela e Cuanza-Sul e Cabinda, Uíge e Zaire, segundo o director-geral adjunto, Paulo Fonseca. 

Em termos de rendimento, escreve o Jornal de Angola, o documento indica que a receita média total em Angola está acima de 15 mil kwanzas por mês e por pessoa, sendo estes valores adquiridos, principalmente, por via laboral. Por via não laboral, o valor atinge cerca de três mil kwanzas por mês e por pessoa.

Neste sentido, estima-se que a desigualdade, em termos de receitas, é de 0,51%,demonstrando que um determinado grupo da população tem concentrado maior quantidade de receitas que os restantes grupos.

O consumo médio real de alimentos, como carne, peixe, queijo, legumes, fruta, bebidas alcoólicas e refeições fora de casa por pessoa e por mês ronda os sete mil kwanzas, sendo na zona urbana acima dos oito mil kwanzas e acima de seis mil kwanzas para a zona rural.

Entretanto, o consumo médio não alimentar de produtos como vestuário, calçado, habitação, saúde, transporte, educação e comunicações por pessoa e por mês ronda perto dos 10 mil kwanzas, sendo que 14 mil na zona urbana e de algo mais de quatro mil kwanzas na zona rural.

O consumo médio total mensal por pessoa e por mês está acima de 17 mil kwanzas, que representa cerca de 22 mil para a zona urbana e acima de 10 mil para a zona rural.