Numa alusão às relações bilaterais existentes há décadas entre os dois país, Filipe VI recordou o contributo do seu país no processo de reconstrução nacional pós conflito armado.
"Hoje Angola é um país de oportunidades", diz referindo-se as reformas económicas em curso, tendo manifestado o interesse de Espanha em acompanhar o crescimento do país nos vários domínios, como por exemplo, a agroindústria, as energias renováveis, entre outras.
"A Espanha está preparada para o crescimento de Angola", diz justificando que, para os espanhóis "Angola é um país importante", socorrendo-se a dada altura de um dito do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto segundo a qual: "A esperança somos nós". "Agostinho Neto tem toda a razão", reconheceu o Rei do governo de Espanha.
Durante a alocução, o Rei da Espanha não deixou de fazer referência aos avanços e recuos do continente africano, mormente os conflitos internos e o terrorismo, com destaque para os Grandes Lagos, no corno de África e em Moçambique. Filipe VI assinalou com agrado os avanços obtidos no âmbito da transformação do continente berço, nomeadamente ao nível da zona de comércio livre de África, da SADC e da União Africana (UA).
O Rei de Espanha concluiu hoje uma intensa visita de Estado de 72 horas, de que se ressalta o encontro com o Presidente da República, João Lourenço, a assinatura de três memorandos de entendimento nos domínios do Ensino, Desporto, bem como Comércio e Indústria, a realização de um fórum empresarial Angola-Espanha, sessão solene na Assembleia Nacional, para além de encontro com a comunidade espanhola no País.