3
1
PATROCINADO

Digitalização marca II Edição da Exposição Máscara Oculta

Cláudio Gomes
17/5/2023
1
2
Foto:
DR

A introdução de código QR no recinto do Museu de Antropologia de Luanda é um dos destaques da II Edição da Exposição Máscara Oculta, que será inaugurada nesta quinta-feira, 18, pelas 17 horas.

Os participantes da II Edição da Exposição Máscara Oculta terão acesso as informações relacionadas com peças de arte através de código QR que estarão disponíveis pelo recinto do Moseu de Antropologia, marcando um passo para a modernização dos museus nacionais e impulsio para futuras intervenções, informou recentemente, em nota de imprensa, a Embaixada do Reino da Bélgica, em Luanda.

Segundo o documento, uma das intervenções possíveis seria a criação de museus digitais paralelo aos existentes soluções que seriam responsáveis pela transmissão da mensagem sobre a preservação da história, cultura e tradições para as gerações mais jovens.

“O projecto introduziu elementos-chave para modernização do acesso à informação através de códigos QR que estarão disponíveis na sala e devem ser lidos através telemóveis dos visitantes, através dos quais terão acesso a mais informações sobre os objectos expostos”, lê-se na nota consultada pela Economia & Mercado.

Exposição Kristof Degrauwe

O projeto começou em 2021 quando o fotógrafo belga Kristof Degrauwe inaugurou uma ala no museu de Antropologia com a exposição de fotografia temporárias intitulada “A máscara oculta", cujo portefólio incluía obras de artistas nacionais como Jone Ferreira, Samu Artes, Neemias Kiala, Miamby Wassaki, Jack Tchindji, outros.

Para a presente edição, de acordo com a nota da Embaixada do Reino da Bélgica, serão expostas 10 fotografias de uma série original do fotógrafo belga, Kristof Degrauwe, partes de uma série de 29 fotografias tiradas entre 1999 e 2000 em Lubumbashi, República Democrática do Congo (RDC).

“Não imagino as máscaras como objectos etnológicos, mas como ‘intermediários’ para um mundo que vai além da nossa abordagem analítica ocidental. Por vezes, me surpreendi sobre aquela criatura que apareceu de repente na frente da minha câmera, algo entre o humano e o animal, algo fantasmagórico ou vindo do espaço sideral! Usando a linguagem da fotografia contemporâneo, tive o privilégio de desvendar esse tesouro, de um museu esquecido no extremo Sul do Congo”, relatou Kristof Degrauwe, citado no documento em referência

Segundo a nota, estas fotografias agora fazem parte do acervo do Museu de Antropologia em Luanda, resultando de uma aventura africana que começou em 1997 em Lubumbashi, RDC, juntamente com o actual embaixador belga acreditado em Angola, Jozef Smets.

O projecto conta com a realização e coordenação de Kristof Degrauwe, com colaboração de Jamil ‘Parasol’ Osmar e do artista Gato Preto, Jack Tjindje e do colectivo de trabalhadores do Museu de Antropologia.

Em cooperação com a Embaixada do Reino da Bélgica, houve a projecção de diversos filmes sobre o Museu de África na Europa, exibidos em um cinema improvisado, bem como a realização de um desfile de moda inspirado no tema da instalação das máscaras feitas no Museu de Antropologia por ocasião do Dia de África 2021.