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Ébola volta a matar na RDC

Cláudio Gomes
9/2/2021
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Foto:
DR

Enquanto o governo luta para conter os efeitos da pandemia da Covid-19, tal como acontece com todos os países, o vírus mortífero do Ébola ressurgiu na República de Democrática do Congo (RDC).

De acordo com o ministro da Saúde daquele país, Eteni Longondo, o novo caso foi diagnosticado após uma mulher ter morrido no leste do país infectada pelo vírus.

A autoridade sanitária aventou, por isso, esta semana, em declarações à televisão estatal, RTNC, um eventual ressurgimento do vírus mortífero naquele país da SADC.

Segundo o ministro da Saúde da República Democrática do Congo, o caso foi registado perto da cidade de Butembo, no Kivu-Norte. "Temos mais um episódio de doença pelo vírus Ébola no leste”, disse o governante.

Trata-se de uma agricultora, informou, mulher de um sobrevivente da doença do vírus Ébola, que a “01 de Fevereiro apresentou os sinais típicos desta doença”.

Neste sentido, cita o Jornal de Angola, o ministro apelou calma à população de Butembo, destacando a necessidade de não se entrar em “pânico”, assegurando, com efeito, que "a resposta está organizada”, que "uma equipa chegará amanhã", [segunda-feira, 8 de Fevereiro], à zona e que o pessoal adicional será enviado de Kinshasa nos próximos dias.

De acordo com a imprensa, este caso ocorre cerca de três meses depois de, a 18 de Novembro, a RDC ter anunciado o fim do 11.º surto de Ébola no país, que matou 55 pessoas e infectou outras 150, segundo números oficiais.

Na altura, escreve o único jornal diário do país, tinham decorrido cerca de cinco meses desde que, em finais de Junho, fora declarado extinto o 10.º surto, que assolava desde Agosto de 2018 três províncias do norte do país e provocou a morte a 2.280 pessoas, segundo números da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Esse surto foi o mais grave no país e o segundo mais grave no mundo, depois da epidemia de Ébola que assolou a África ocidental entre 2014 e 2016, com 11.300 mortos e mais de 28.500 casos de infecção.

O Ébola transmite-se por contacto direto com sangue ou outros fluidos e secreções corporais de pessoas ou animais infectados. O vírus provoca febre hemorrágica e pode alcançar uma taxa de mortalidade de 90%.