O ministro do MEP transmitiu a informação no discurso de abertura da segunda edição do "Angola Economic Outlook 2023", no qual anunciou também que o Executivo perspectiva um crescimento económico (ligeiramente) abaixo de 1% pela dinâmica do sector não petrolífero.      

A perspectiva governamental, como se pôde depreender das declarações do auxiliar do Titular do Poder Executivo, estão abaixo da apresentada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI), na recente publicação do World Economic Outlook, cuja estimativa é de 1,3%.    

No discurso, o ministro Mário Caetano João apontou a queda da produção petrolífera como a causa da redução da oferta de divisas no mercado cambial no primeiro semestre de 2023, tendo resultado na depreciação (de pelo menos 40%) do Kwanza face ao Dólar americano.    

“Este ambiente de desaceleração da economia real e do mercado cambial afectou (severamente) o processo de consolidação das contas públicas e a estabilidade do nível geral de preços na economia, tendo a inflação homóloga invertido (em Maio) a tendência decrescente, fixando-se em pelo menos 15% em Setembro deste ano”.    

Para minimizar o impacto sobre as populações, disse, o Executivo está a implementar medidas para apoiar financeiramente o sector empresarial, sobretudo as iniciativas conducentes ao aumento da produção e reforço da segurança alimentar, a simplificação, alívio tributário e melhoria do ambiente de negócios.            

Face aos indicadores acima, segundo ainda o ministro do MEP, o FMI perspectiva um crescimento da economia angolana na ordem dos 3,3% em 2024, enquanto a estimativa governamental é de 3%, influenciada pelo sector não petrolífero que hoje representa pelo menos 75% do PIB.      

A segunda edição do “Angola Economic Outlook 2023”, sob lema “O Capital Humano Como Factor Decisivo para o Desenvolvimento”, decorreu em Luanda, a 08 de Novembro de 2023, e foi realizada pela Economia & Mercado em parceria com o MEP.