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Economia gera mais de 161 mil empregos

Redacção_E&M
15/10/2019
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DR

A economia angolana gerou, entre 2018 e o terceiro trimestre deste ano, 161 mil e 997 novos empregos, quase um terço dos postos previstos pelo Governo para o quinquénio 2017-2022.

Este indicador foi apresentado hoje, terça-feira, 15, pelo Presidente da República, João Lourenço, na Assembleia Nacional, onde afirmou que o país retomará a senda do crescimento económico a partir de 2020.

Ao apresentar a mensagem sobre o Estado da Nação, na abertura do novo Ano Parlamentar, explicou que dos 161 mil empregos, 80,3%  foram criados no sector empresarial público e privado, 19, 7% na função pública.

João Lourenço referiu, ainda, que o sector do Comércio foi o que gerou mais empregos, seguido da Construção e Obra Públicas,Transportes, Agricultura e da Indústria.

Ainda na esfera económica, o Presidente da República lembrou que a crise económica, iniciada em 2014 com a queda do preço do petróleo, agudizou-se agora com o aumento da dívida pública, representando 90% do PIB.

Para escapar da "armadilha do endividamento", João Lourenço disse que em 2019 o serviço de pagamento da dívida atingiu 51% das despesas do Orçamento Geral do Estado (OGE), e o saldo orçamental anteriormente deficitário agora é positivo. Isso permite reduzir o recurso ao endividamento público.

Ao dirigir-se aos deputados e para Nação Angolana, o Chefe do Estado reiterou que o foco da sua governação é reanimar e diversificara economia, com a retoma do crescimento já a partir de 2020.

Previu a redução das taxas de inflação em um digito, para dar sustentabilidade à economia do país.

Segundo o Chefe de Estado, o Governo está a trabalhar na construção de uma economia de mercado e na alteração da estrutura económica, que depende actualmente do sector público e da indústria petrolífera.

Destacou, a propósito, as reformas no domínio da legislação e a abertura do mercado, tendo salientado a aprovação da Lei sobre o Investimento Privado e da Lei da Concorrência, para tornar Angola num destino privilegiado do investimento.

Para a competitividade da economia e uma integração efectiva na Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), João Lourenço falou do processo de privatizações em curso, salientando que cinco empresas detidas pelo Estado, de um total de 195, já foram vendidas a investidores privados.

Esse programa de privatização, na visão do Presidente, constitui uma via importante para fortalecer o sector produtivo e estabelecer uma verdadeira economia de mercado.

Outro passo importante para a integração do país na região da SADC, segundo João Lourenço, foi a entrada em vigor do Imposto Sobre o Valor Acrescentado (IVA), um marco importante na modernização das finanças públicas.

Trata-se do mais impactante imposto aplicado pelo Governo angolano, por via da Administração Geral Tributária (AGT), que substituiu o Imposto de Consumo.

Numa primeira fase, o IVA só é cobrado pelos grandes contribuintes e pelas empresas que aderiram ao regime geral, de forma voluntária.

A respeito do aproveitamento feito pelos agentes económicos, com a entrada em vigor do IVA, disse esperar que, com medidas informativas e punitivas, se ponha fim à especulação de preços praticados por alguns empresários.