3
1
PATROCINADO

Educação de jovens e adultos retardada por insuficiência de professores

Cláudio Gomes
20/10/2021
1
2
Foto:
Carlos Aguiar

Para acelerar o cumprimento das metas, incluindo a de se alfabetizar 82,8% de jovens e adultos maiores de 14 anos, o Governo precisa, dentre outras coisas, de suprir as insuficiência de professores.

Além da necessidade de professores, consta dos desafios do sector da Educação elevar o nível de formação dos docentes, melhorar as condições sanitárias das escolas e massificar o acesso aos manuais escolares.

Segundo o presidente da Associação Angolana de Educação de Adultos, Vítor Barbosa, o Governo precisa também de pagar uma dívida acumulada entre 2016 e 2020 de cerca de dois mil milhões de kwanzas a 9.600 alfabetizadores, que deviam receber um subsídio mensal de 10.000 kwanzas por ano lectivo. Segundo a fonte, esse incumprimento provocou uma considerável desmobilização dos facilitadores do processo.  

O Ministério da Educação (MED) tem ainda a resolver a problemática da dimensão, dispersão e constante mobilidade da população por alfabetizar, que acomete pelo menos 4.000.000 de mulheres e raparigas residentes nas zonas rurais e periurbanas. Acresce-se, igualmente, entre os constrangimentos, a insuficiente oferta de cursos profissionalizantes, a deficiente distribuição de água e energia eléctrica nas escolas, a falta de condições técnicas e humanas de trabalho à distância, bem como a baixa literacia digital dos professores/alfabetizadores. Essas e outras coisas integram a vasta lista de preocupações inerentes ao alcance das metas determinadas pelo Governo para 2022.

Entretanto, o Governo está determinado a reduzir o índice de alunos com atraso escolar no Subsistema do Ensino Primário de Adultos de 27% para 17,6% até 2022 e pretende “generalizar o Ensino Secundário de Adultos em todo o território nacional e, consequentemente, a redução do atraso escolar de 42% para 28,8% em 2022”.

Leia o artigo completo na edição de Outubro, já disponível no aplicativo E&M para Android e em login (appeconomiaemercado.com).

Youth and adult education slowed by insufficient teachers  

In order to speed up meeting foreseen targets, including literacy for up to 82.8% of young adults over the age of 14, the Government needs, among other things, to make up for the shortage of teachers.

Besides facing a lack of teachers, the sector’s challenges include raising the teachers’ level of training, improving sanitary conditions at schools and increasing access to school manuals. According to the chairman of the Angolan Association for Adult Education, Vítor Barbosa, the government also needs to pay a debt of nearly 2 billion kwanzas, accumulated between 2016 and 2020, to 9,600 literacy teachers, who should receive a monthly allowance of 10,000 kwanzas per school year. In his view, these defaulted payments are significantly responsible for the loss of literacy educators.

Ministry of Education (MED) should also solve the problem of the size, dispersion and constant mobility of the populations to be reached by literacy actions, estimated in around 4,000,000 women and girls living in rural and peri-urban areas. In addition to these constraints, the insufficient offer of professional development courses, poor distribution of water and power at schools, lack of technical and human conditions for remote work, as well as the low digital literacy of teachers and literacy educators, are part of the vast list of concerns to be addressed by the Government to reach the goals set for 2022.

According to official statements, the Government is determined to reduce the backlog of students in the Adult Primary Education Subsystem from 27% to 17.6% by 2022, and also intends to “generalize Adult Secondary Education throughout the country and consequently reduce the backlog from 42% to 28.8%, in 2022”.

Read the full article in the October issue, now available on the E&M app for Android and at login (appeconomiaemercado.com).